![Coronavirus abalou a economia rural; Falta gêneros de primeira necessidade; Laticínios pagam R$ 1,50 no litro de leite em Rondônia](/uploads/r302zcrp1ha0icv.jpg)
José Luiz Alves
Publicada em 11/09/2020 às 14h12
Uma experiência nova que pode dar certo
Que os tempos mudaram ninguém mais discute ou coloca em dúvidas, após a revolução silenciosa causada pelo coronavirus que abalou a estrutura da economia nos meios rurais e feriu direitos adquiridos nos centros urbanos. De uma maneira, ou de outra os grandes, médios e pequenos foram afetados com o desemprego atingindo o comércio, a indústria, assim como os estabelecimentos de menor porte, restaurantes, botecos e lojinhas que comercializam bugigangas, os que não fecharam com o coronavirus, quebraram pelo coronavirus.
Porém o homem do campo, pelas agruras e costumes que ao longo dos tempos tornaram-se culturas e tradições evoluindo de acordo com as necessidades do dia-a-dia, os impactos no setor produtivo neste conturbado século XXI também provocaram pela força das novas tecnologias, outros focos norteando o caminho para o desenvolvimento rural, criando, inclusive ambientes mais aconchegantes para quem trabalha e retira da terra o sustento de milhares de criaturas.
Os espaços virtuais, na agricultura, na pecuária, no comércio, na indústria e nas áreas financeiras, tiveram avanços significativos neste inicio de 2020 e com certeza absoluta, esse processo de modernidade não terá retrocesso, pelo contrário a tendência é de fincar bandeira onde existir possibilidade por menores que sejam as condições.
Não há mais lugar para curiosos, inventores, ou até mesmo para os grandes pensadores aqueles que viveram lá na época de 200 a 500 anos de antes de Cristo, que a bem da verdade ajudaram a formar opiniões e caráter, incluso muitos profissionais de nossa geração. Esses tempos saudosos já se foram, hoje o homem move uma tecla e se quiser explode o mundo. Ainda temos o coronavirus infernizando a vida e costumes dos teimosos, que na realidade ainda ninguém sabe com clareza onde ele vai estacionar.
Diante de toda essa complexidade tecnológica, que por certo, não vai ficar só nisso, nasce em Rondônia a Conecta agrolab Amazônia, um evento eminentemente virtual que promete facilitar e transformar o futuro dos negócios, somando o esforço de grandes e pequenos para caminhar na mesma direção capitaneados pelo Sebrae e governo do estado. É uma experiência que tem tudo para dar certo transformando conceitos e métodos de trabalho com aplicação das novas tecnologias.
De cabeça para baixo
De um momento para outro parece que tudo virou de cabeça para baixo. Os preços nas gôndolas dos supermercados armazéns, botecos, casas de carnes, dispararam sem controle, deixando o consumidor atônito e sem ter para quem apelar. Nas feiras livres por falta de clientes frutas e verduras estão se deteriorando e sendo jogados nos depósitos lixo, Rondônia e Brasil em termos de cesta básica nos últimos dias, tornou-se uma verdadeira terra de aloprados.
Sempre existe um culpado
Os entendidos em economia, que nunca plantaram um pé de soja, milho ou criaram em bezerro, no alto de seus gabinetes em Brasília, com ar condicionado e todas as mordomias estão culpando o mercado externo pela preferência dos produtos brasileiros e rondonienses nas exportações provocação inflação e desabastecimento. Contudo, esqueceram que o governo federal colocou caminhões lotados de dinheiro público nas mãos de gente desocupada que passou a gastar de maneira desenfreada sem controle e com isso começou a falta gêneros de primeira necessidade. Não se assuste se daqui alguns dias alguém culpar o setor produtivo por tudo o que está acontecendo.
Atividade leiteira em Rondônia
Com mais de 31mil produtores de leite, o estado de Rondônia, por incrível que pareça enfrenta e até uma ameaça de desabastecimento do produto que está com os preços diante dos últimos acontecimentos no mercado interno com o valor do litro nas estratosferas. Para o presidente da Federação de Agricultura de Rondônia (FAPERON) Hélio Dias, é uma questão de tempo para o mercado se adequar a nova realidade e os preços voltar a um patamar justo para o produtor rural que está entregando nos laticínios a média de R$ 1,50, enquanto no mercado o litro é vendido a R$ 5,00 ou até mais.
Churrasco nas alturas
Pois é, arroba do boi gordo já bateu na casa dos R$ 230,00, porém a previsão do empresário do setor da carne, Leonel Bertolin é que de fato até dezembro alcance os R$ 250,00, ou talvez até um pouco mais. Não se iluda se carne bovino aumento, o frango, o peixe e o suíno também acompanharam sacrificando o bolso do consumidor. Na verdade, o churrasco no natal e ano novo estará como Papai Noel, nas alturas.
Até a próxima
Em 1958 ainda guri com 6 ou 7 anos de idade acompanhei um dos maiores comícios políticos na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, com Leonel Brizola (PTB) reunindo na Praça Saldanha Marinho milhares de simpatizantes na disputa contra o coronel da Policia Militar, Walter Peracchi Barcelos (PSD). O público, principalmente os produtores rurais, trabalhadores urbanos e ferroviários vibravam com as propostas do jovem candidato, que mais de meio século passado ainda permanecem como marcas indeléveis no desenvolvimento daquele estado.
Segurando ao pé do palanque, um bêbado cambaleando, só gritava: “apoiado...!!!” Lá pelas tantas, Brizola bradou: “a garrafa de pinga que custa um pila vou taxar em dez pilas, reduzindo o valor do litro de leite e do quilo da carne...!!!” O bêbado olhou firme para o candidato e respondeu: “meu voto tu ganhas mais..!!!” Brizola foi o mais jovem governador do Rio Grande do Sul, eleito aos 33 anos, com mais de 200 mil votos sobre o seu opositor.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/09/coronavirus-abalou-a-economia-rural-falta-generos-de-primeira-necessidade-laticinios-pagam-r-150-no-litro-de-leite-em-rondonia-,84820.shtml