Rondoniadinamica
Publicada em 19/09/2020 às 09h43
“Você só conhece uma pessoa depois de uma briga. Só então é possível julgar seu caráter” – O Diário de Anne Frank
Porto Velho, RO – Conforme noticiou o Rondônia Dinâmica no decorrer desta semana, Porto Velho confirmou 16 candidaturas à Prefeitura da Capital até o prazo final estabelecido pelo Calendário Eleitoral em relação às convenções.
Entretanto, até o dia 26, data-limite para o registro das candidaturas, substituições e desistências podem se insculpir à realidade, embora o histórico reze que isto de fato não seja a regra. Tecnicamente, é possível; na prática, é difícil acontecer.
Uma dezena e meia mais um: esta é a monta que deseja a principal cadeira situada no seio do Palácio Tancredo Neves – por ora. E se é difícil relacionar todos os postulantes jornalisticamente falando, lembrando nomes, sobrenomes, partidos, credenciais no mundo profissional e breve histórico social, imagine essa hecatombe de informações jogada a esmo nas redes sociais a fim de que o eleitor absorva os dados como pode, do jeito que dá, com o tempo que tem.
Essa exposição indiscriminada de elementos deveria tornar-se subproduto daquilo que conhecemos como poluição eleitoral, a despeito de o tópico ter ligação íntima com situação diversa, qual seja: a prática reiterada de emporcalhamento das vias com propaganda de cunho eletivo.
Porém, o editorial deste sábado (19) não trata acerca deste tipo de confusão, pauta que deve ser melhor desenvolvida em outra ocasião.
A pluralidade exagerada que soa como expressão máxima da democracia – e seria não fosse a ala provinciana da sociedade que a experimenta no Brasil todo –, trará, especialmente no mundo contemporâneo, uma guerra de desinformação (fake news) patrocinada via Internet.
Segundo turno em 2016 foi deprimente; expectativa é de que 2020 seja pior, muito pior / Reprodução
E isto não é mera especulação sem base. Em 2016 já foi assim: como não houve absolutamente nada de lá pra cá para mudar esse tipo de comportamento no âmbito virtual em termos de fiscalização e controle, a tendência é que a postura tacanha perca as rédeas de vez.
Oficialmente a campanha nem começou, por exemplo, e o candidato Eyder Brasil (PSL) já “declarou guerra” a Breno Mendes (Avante), postulante do Palácio Rio Madeira.
Há quatro anos, apontando paralelo, quando o atual prefeito Hildon Chaves, do PSDB, enfrentou o deputado estadual Léo Moraes (hoje federal, líder do Podemos na Câmara) na fase de segundo turno, a disputa decaiu tanto que foi levada ao subsolo das contendas.
Foi horroroso, um verdadeiro festival de maus exemplos.
Ou seja, neste ano os sopapos cibernéticos pululam prematuramente.
O (a) leitor (a) já acostumado, com o couro calejado, não irá se surpreender com o festival de baixaria que está por vir, algo já telegrafado pelo “bombardeio” inicial deflagrado pelo sargento em cima do advogado.
Anote aí.
Vinícius Miguel (Cidadania), Breno Mendes (Avante), Cristiane Lopes (Progressistas), Edvaldo Soares (PSC), Eyder Brasil (PSL), Lindomar Garçon (Republicanos), Geneci Gonçalves (da Azaléia) – PSTU, Hildon Chaves (PSDB), Coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), Pimenta de Rondônia (PSOL), Williames Pimentel (MDB), Leonel Bertolin (PTB), Ramon Cujuí (PT), Ruy Motta (PDT), Samuel Costa (PCdoB) e Ted Wilson (PRTB).
Os dezesseis. Dezesseis cabeças. Dezesseis formas de fazer campanha. Dezesseis maneiras de agir. Quinze adversários. Quinze inimigos inconfessos. Quinze entraves para um único caminho: a Prefeitura de Porto Velho.
Quando as urnas forem abertas e um vencedor consagrado, o povo já terá consciência sobre quem vendeu a alma, abriu mão dos valores mais comezinhos da Humanidade e recorreu à baixeza dos recôncavos da imoralidade a fim de escalar nas costas alheias com intuito exclusivo de tomar o poder pra si.
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