Rondoniadinamica
Publicada em 23/09/2020 às 16h00
Porto Velho, RO – Na última segunda-feira (21) a vereadora Carla Gonçalves Rezende, a Carla Redano (PRB), presidente da Câmara Municipal de Ariquemes, gravou série de vídeos contando, em suma, como Tiziu Jidalias (Solidariedade) a informou que não seria mais candidata a vice-prefeita em sua chapa.
O QUE DIZ CARLA REDANO
De acordo com suas declarações, Jidalias fora abençoado com sopros de ordem divina advindos, acredite se quiser, de Deus, o Criador de tudo, o Espírito Santo, sim, do próprio El Shadday.
A dica teria sido apenas uma convalidação espiritual do prenúncio apresentado pela “profetiza” Marlei Mezzomo, que, ainda de acordo com a versão da vereadora ariquemense, autodeclarou-se a eleita do Altíssimo para o posto.
O relato de Carla se aprofunda e chega onde de fato reside o pretenso problema; no fundo, é uma bobagem, idiotice, banalidade, algo trivial carregado pelos tempos cibernéticos em que a tecnologia domina o cotidiano da Humanidade, especialmente agora na era do Coronavírus (COVID-19).
Com a manutenção do isolamento social como método de prevenção à enfermidade, aplicativos ajudam a passar o tempo – e isto tanto num contexto educacional quanto na seara recreativa.
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E por dançar em um vídeo veiculado no TikTok, de forma privativa, diga-se passagem, a representante de Câmara de Ariquemes... “dançou”.
A pretensão de Tiziu é tanta que soa como a montagem acima / Reprodução-Rondoniadinamica
Agora, chama a atenção no enredo duas questões muito importantes. A primeira delas é óbvia, salta aos olhos: o uso indiscriminado das credenciais do Todo-Poderoso para fins de quaisquer espécies, banalizando a crença e violando um dos principais pilares do cristianismo anexado ao Segundo Mandamento, qual seja:
“Não usar o Santo Nome de Deus em vão”.
Aliás, o mau exemplo de Tiziu e Marlei deveria ser avaliado por todas as pessoas públicas, especialmente as que desejam reger a sociedade galgando postos e ocupando funções na política.
O que aconteceu soa mais como julgamento machista – reforçado por beatas xiitas –, da reputação de uma mulher que não fez absolutamente nada de errado [na questão específica, isto não é uma defesa generalizada, diga-se de passagem], a não ser se divertir nos momentos dedicados ao lazer, fora do expediente: um direito social consagrado pela Constituição Federal, inclusive.
A outra situação inerente à narrativa é a aversão dos envolvidos à verdade, um artigo cada vez mais raro na prateleira de relações interpessoais. Por mais preconceituosa e ridícula que seja a motivação, se a dupla tivesse tomado a decisão de sucessão contando o real motivo, provavelmente conservaria algum respeito após o desfecho do imbróglio interno.
Para reflexão, reproduzimos trecho do livro de Mateus, Capítulo 7, dos versículos de 1 a 5:
Mateus 7
1 "Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.
3 "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?
4 Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu?
5 Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
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