G1
Publicada em 24/09/2020 às 14h46
A Justiça do Equador ordenou nesta quarta-feira (23) a captura de Rafael Correa, que vive na Bélgica, após confirmar a condenação do ex-presidente equatoriano a oito anos de prisão por corrupção.
A resolução judicial determina a execução da decisão, confirmada em última instância há duas semanas, que inclui a perda dos direitos políticos e a desqualificação vitalícia de Correa para desempenhar cargos de eleição popular. O ex-presidente deseja participar das eleições de fevereiro.
A Justiça ordenou à polícia a "localização imediata e captura" do ex-presidente socialista de 57 anos. Também determinou que o Ministério das Finanças suspenda a remuneração vitalícia de US$ 4,2 mil mensais que Correa recebia como ex-presidente.
Correa, que governou entre 2007 e 2017, foi processado à revelia e condenado após a Justiça concluir que ele e ex-colaboradores receberam propina em troca de contratos com várias empresas, entre elas a brasileira Odebrecht, que foi citada, mas não investigada.
Ele foi vinculado ao caso por US$ 6 mil depositados em sua conta bancária, valor que alega se tratar de um empréstimo de um fundo do seu partido. As penas por peculato, suborno e enriquecimento ilícito não prescrevem no Equador.
Rafael Correa diz ser inocente e vítima de perseguição política pelo presidente Lenín Moreno, seu ex-aliado e sucessor.
Correa vive na Bélgica, país natal de sua mulher, desde 2017. Apesar de estar fora do Equador, ele ainda é considerado o principal opositor de Moreno.
O ex-presidente solicitou pela internet a inscrição de sua candidatura à vice-presidência, em chapa com o jovem economista e seu ex-ministro Andrés Arauz. No entanto, sua candidatura foi suspensa sob a justificativa de que ele não a apresentou pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), como manda a Constituição.
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