Rondoniadinamica
Publicada em 05/10/2020 às 09h44
Porto Velho, RO – O trio de coronéis da Polícia Militar (PM/RO) Marcos Rocha (governador), Plínio Sérgio Cavalcanti (subcomandante-geral da PM/RO) e José Hélio Cysneiros Pachá (secretário de Segurança) se pronunciou após a barbárie em propriedade particular ocorrida em Mutum-Paraná.
Todos declararam que o grupo armado utiliza técnicas de guerrilha e não confirmaram a ligação dos suspeitos em movimento sociais.
No sábado, 03, o tenente Figueiredo Sobrinho foi torturado e executado com dez tiros tanto no peito quanto no rosto por determinado grupo considerado milícia de terra, de acordo com testemunhas.
"Foram dar o 'bacu' no carro, encontraram o documento do tenente [Figueiredo] e descobriram que ele era militar. Estávamos na estrada todo mundo nu, apanhando, sangrando. Aí mandaram Figueiredo levantar. Levaram ele para o outro lado da estrada e na nossa frente, cinco metros longe de nós... deram 10 tiros nele no rosto e no peito. Aí atearam fogo no carro com tudo que nós tínhamos dentro", lembra uma das pessoas que presenciaram o ato de crueldade.
Entretanto, policiais que se deslocaram à fazenda para retirar o corpo do colega também sofreram uma emboscada.
Marcos Rocha informou que “As pessoas que cometeram os crimes são treinadas e possuem tecnologia, armamento pesado. Não somente a Polícia Militar, mas toda a Secretaria de Segurança estão juntas atuando de forma a conter esses criminosos”.
O FATO DE ACORDO COM O GOVERNO
Policias militares foram acionados para averiguar uma ocorrência de assassinato de um outro militar da Corporação, em uma linha vicinal de Mutum-Paraná, considerada área de conflito agrário. Ao chegar ao local indicado, as guarnições da Polícia Militar foram emboscadas e no confronto armado o sargento Rodrigues foi atingido, vindo a óbito.
Logo nas primeiras horas de domingo (4), a Polícia Militar desenvolveu uma operação com intuito de resgatar os corpos dos policiais militares, e prender os autores dos crimes.
A operação contou com um efetivo de mais de 60 policiais militares de diversas organizações policiais, como os Batalhões de Operações Policiais Especiais, de Policiamento de Choque, Policiamento Ambiental, entre outros. Houve também apoio aéreo do Núcleo de Operações Aéreas da Sesdec, bem como de Unidades de Resgate do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia.
Ainda durante a coletiva de imprensa, o governador Marcos Rocha afirmou que as ações não irão cessar enquanto os suspeitos não forem capturados e entregues à Justiça. E esclareceu que a Segurança Púbica irá resolver a situação, lembrando que as polícias são extremamente competentes e habilitadas para solucionar esses crimes. “Lamentamos muito a morte desses policiais militares de bem. Temos que tomar uma atitude e essa atitude vai ser adotada de acordo com a lei”, argumentou o governador.
Juntamente com o governador, participaram da coletiva de imprensa o secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, coronel PM José Hélio Cysneiros Pachá, bem como o subcomandante da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Plínio Sérgio Cavalcanti.
Segundo ressaltou o secretário da Sesdec, coronel PM Pachá, não se trata de ação de amadores, pois foi constatado tratar-se de pessoas que usam de requinte de crueldade que já vêm atuando no Estado há muitos anos. “Vamos atuar com todas as forças de Segurança Pública: Polícia Militar, Polícia Civil, Politec, Corpo de Bombeiros para que seja resolvido o crime”, disse. Ele também lembrou que é preciso um respaldo jurídico para atuar na área que apresenta um conflito agrário.
O subcomandante da Polícia Militar, coronel PM Plínio, destacou o apoio do Governo do Estado no planejamento com ações com cautela e serenidade, observando as legalidades com apoio das demais instituições de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal. “Pelo que foi recolhido no local do confronto, os criminosos estavam fortemente armados, com armas de grosso calibre. Entendemos se tratar de um grupo com treinamento de guerrilha, com armamento de uso restrito. Então, não podemos dizer que essas pessoas fazem parte de um grupo social”, explicou o subcomandante.
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