Geovani Berno
Publicada em 09/10/2020 às 14h22
Não sei vocês, poucos e bons leitores que acompanham meus artigos, mas esta pandemia me fez ter saudade de muita coisa. Até eu que raramente consumo bebidas alcoólicas estou com saudade das reuniões com amigos em boteco. Daquelas de passar horas falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Mas de um abraço.... Putz!!!
Após oito meses da decretação de pandemia a saudade é imensa. Sim, sinto falta de ao chegar ao trabalho dar um abraço em um colega. Ao encontrar alguém querido dar aquele “quebra costela” como falamos no sul. Ou então chegar para um(a) amigo(a) querido (a) e encontrá-lo (a) tristonho(a) e não falar nada, apenas abraçar. Abraçar e apertar e juntar todos os caquinhos que estão soltos dentro de nós. Abraçar e dizer, estou aqui, tudo vai melhorar. E se não melhorar estarei aqui sempre.
É desta proximidade, deste calor, desta ternura que me faz falta. Do contato com os seres humanos nos dizendo e nos tornando exatamente isso. Humanos. Reuniões via aplicativos são ótimas, pois economizamos tempo, dinheiro. Mas nos afastam. Perdemos o contato, a afetividade.
E isso tudo me fez lembrar do significado do abraço. Segundo me contaram uma vez de que o abraço foi criado não só para se ter afeto, mas para aproximar corações. Para selar a paz entre pessoas. Os corações aproximados se tornam mais afetuosos.
E escrevi tudo isso para relatar o encontro com um queridíssimo amigo, o Marcus do Amaral, no Mercado do 1. Foi muito engraçado, pois eu estava aguardando atendimento e ele brincou comigo e eu me virei e não o reconheci (estas máscaras...). Mas quando ele falou novamente e me olhando dei um longo abraço que foi muito legal. Tanto que brincamos depois com aquela cena do desenho do Tom e Jerry que o Tom vai ao banheiro e se joga álcool, lava as mãos, faz gargarejo...
Infelizmente vivemos estes tempos difíceis. Tenho certeza de que passará. Mas até lá, nos cuidemos usando máscara e nos higienizando sempre que possível. Vamos em frente.
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