Assessoria/SEEB-RO
Publicada em 29/10/2020 às 11h46
Os bancários de Rondônia fecharam algumas agências do Bradesco na manhã desta quinta-feira, 29/10, em protesto contra a onda de demissões que vem sendo promovida pelo banco e que já atingiu mais de 1.200 trabalhadores em todo o país. Em Porto Velho o protesto aconteceu na agência da avenida Carlos Gomes, região central da capital. No interior o ato aconteceu em Ariquemes, Rolim de Moura e Cacoal.
A manifestação, com uso de faixas, cartazes e carros de som, faz parte do Dia Nacional de luta contra as demissões no Banco Bradesco, que acontece simultaneamente em todos os estados.
O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Banco Bradesco faz parte de uma campanha que o movimento sindical bancário realiza em todo o país, com o objetivo de denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.
Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Um claro descumprimento ao acordo firmado em março.
O Bradesco fechou 372 agências no terceiro trimestre do ano. Ao final de setembro, eram 4.167 agências físicas. O número de demissões chegou em 853 e o total de funcionários era de 95.934 ao final de setembro.
Só em Rondônia o banco demitiu, até a última terça-feira, 27/10, 16 empregados no Estado. As demissões foram nos seguintes municípios: 2 em Vilhena, 1 em Ouro Preto do Oeste, 1 em Cacoal, 1 em Espigão do Oeste, 1 em Nova Mutum, 1 em Ariquemes, 1 em Alto Paraíso e 8 em Porto Velho.
Há informações dando conta de que pelo menos três agências terão encerradas suas atividades no Estado, sendo uma em Vilhena, a agência da avenida Prudente de Moraes e a situada ao lado do terminal rodoviário, essas últimas em Porto Velho. Estas são as últimas agências remanescentes do extinto HSBC no Estado, que foi ‘incorporado’ pelo Bradesco no processo de fusão de 2016.
“O Bradesco demite dia após dia, e não importa se o empregado dedicou anos de sua vida ao banco, se está doente ou se possui estabilidade no emprego. Por isso estamos lutando por tantos pais e mães de família que, neste momento de crise econômica e pandemia, precisam mais do que nunca do seu emprego”, comenta José Pinheiro, presidente do Sindicato, que orienta a todos os trabalhadores que forem demitidos a procurar imediatamente a entidade sindical na sede em Porto Velho ou em uma das subsedes do interior.
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