Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 09/11/2020 às 14h57
Vibração – Provavelmente em razão da ação impactante do coronavírus em todos os segmentos da sociedade, pandemia que, ainda, preocupa o mundo, os políticos tiveram que mudar a maneira de fazer política. Comícios e concentrações públicas estão fora do calendário eleitoral e as redes sociais estão sendo o canal direto dos candidatos com os eleitores. Além da comunicação online, os sites de notícias também estão sendo importantes na campanha atual. A TV, que contribui muito, com os debates, hoje raros e o Horário Eleitoral Gratuito, pouco aproveitado pelos candidatos e as rádios limitadas devido a Lei Eleitoral deixaram a campanha, na maioria dos municípios, morna, sem uma ação mais efetiva da população. É notória a falta de empolgação, talvez pelo temor ao coronavírus.
Ji-Paraná – O município não terá segundo turno, pois Ji-Paraná não tem os 200 mil eleitores necessários. A campanha eleitoral se mantém sem a esperada mobilização popular, como em eleições anteriores. Sem o prefeito Marcito Pinto (PDT), fora da disputa à reeleição, porque foi preso pela Polícia Federal, acusado de corrupção na Operação Reciclagem realizada em setembro último a disputa pelo cargo de prefeito é estranhamente silenciosa. O advogado Julian Cuadal (PDT), que substituiu Marcito é uma interrogação. O ex-vereador Isaú Fonseca (MDB), o médico João Durval (PP) e o deputado estadual Jhony Paixão (PRB) são fortes concorrentes, o mesmo ocorrendo com a vereadora do PT, Cláudia de Jesus. O advogado e ex-vereador Lincoln Astrê (PRTB) fecha a lista. Alguém se arrisca a apontar um nome como favorito?
Equilíbrio – A divisão de forças políticas é uma realidade no município de Ariquemes com pouco mais de 66 mil eleitores, terceiro maior colégio eleitoral do Estado. Lucas Follador (DEM), Tiziu Jidalías (Solidariedade), Carla Redano (Patriota) e Gilvan Ramos, do MDB são os principais nomes na disputa pela prefeitura nas eleições do próximo domingo (15). Tiziu é ex-deputado estadual, Carla é vereadora e presidente da câmara; Lucas é vice-prefeito e Gilvan Ramos, ex-secretário de Estado das Finanças. São nomes com fortes evidências de sucesso nas urnas, porque têm apoio de grupos integrados por políticos expressivos.
Equilíbrio II – Lucas Follador, além de vice-prefeito é suplente de deputado federal. Somou mais de 26 mil votos nas eleições de 2018. E tem no pai, o deputado estadual Adelino Follador um forte aliado, além de o presidente regional do partido, o senador Marcos Rogério. Carla tem o apoio do grupo liderado pelo marido, o deputado estadual Alex Redano (PRB), que assumirá a presidência da Assembleia Legislativa em fevereiro do próximo ano. É um grupo com forte liderança de Redano, um exímio articulador. Já Gilvan conta com o apoio do presidente do diretório regional do MDB, ex-governador, ex-prefeito de Ariquemes e senador, Confúcio Moura. Ariquemes provavelmente é o município, que apresenta a maior tendência a forte equilíbrio na escolha do futuro prefeito. É uma disputa realmente interessante e de difícil prognóstico. O PT também tem o seu candidato, Clebes Dias Ferreira que tem pela frente uma missão hercúlea.
Voto – Estamos a seis dias das eleições municipais, quando o eleitor terá a responsabilidade de eleger os novos prefeitos, vices e vereadores dos seus municípios. É uma missão da maior importância, pois é, através do voto direto, que se constitui uma democracia e quando o cidadão tem o direito de escolher os seus futuros governantes, seja para o executivo (prefeito e vice) ou legislativo (vereadores). Durante a semana ocorrerão debates decisivos em TVs, rádios e sites de notícias e, quem pretenda ter uma visão melhor dos candidatos, que assista as propostas, comportamentos e compromissos dos pretendentes a cargos públicos. Quando a maioria não escolhe bem os governantes os próximos 4 anos pouco ou nada acrescentarão ao dia-a-dia da população. Vote com o cérebro e não com o estômago...
Respigo
O candidato do PRTB a prefeito de Jaru, o proprietário da TV Cidade, Sebastião Santana, que concorre sem candidatos a vereador, fez uma proposta pública inusitada, caso seja eleito. Santana disse que abrirá mão do salário de prefeito, hoje em torno de R$ 20 mil, para receber um salário mínimo por mês, “como a maioria dos nossos trabalhadores” +++ Boa parte da população pode achar a proposta demagógica, mas é uma maneira de se fazer política com uma ação inovadora. Abrir mão do fundo partidário, também é uma prática de vários candidatos a prefeito e a vereador nas eleições deste ano, que também pode ser considerada demagogia +++ É o mesmo caso de assinar Termos de Compromissos com entidades, associações, organizações. O compromisso do político tem que ser com a maioria da população e não com parte dela +++ E os proprietários de veículos de Porto Velho estão aguardando os postos de combustíveis a reduzirem o preço do litro da gasolina. Na última semana a gasolina teve queda de 5% na segunda-feira (2) e de mais 5% na sexta-feira (6) nas refinarias, e o preço do litro continua o mesmo, porém quando ocorre alta, no dia seguinte já está sendo aplicada nas bombas +++ E o Procon-RO continua acéfalo a tudo como se sua estrutura não seja para defender os interesses da população. Nunca é demais lembrar, que o povo é o patrão do Procou e dos órgãos públicos, seja federal, estadual ou municipal, inclusive dos políticos e dos demais poderes, mas é Ele, que sempre paga a conta e quase sempre punido econômica, financeira e socialmente.
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