José Luiz Alves
Publicada em 13/11/2020 às 08h00
Desafio para o agronegócio!
Que a vitória de Joe Biden para a Presidência dos Estados unidos, foi uma derrota da intransigência e do radicalismo, não existe dúvidas, onde prevaleceu a ponderação, civilidade e bom exemplo plantado pelos americanos pavimentando o caminho e respeito pelas instituições e escolhas. A eleição de Joe Biden mostra a força da democracia e terá conseqüência para o Brasil, se a nossa diplomacia, não tiver flexibilidade nas relações multinacionais, rompendo algumas políticas internas e externas a partir de 20 de janeiro. O futuro governo Americano já determinou a criação de fundo de US$ 20 bilhões para preservar o meio-ambiente, incluindo a Amazônia.
Mesmo antes da vitória, Joe Biden sinalizou que os acordos ambientais e comerciais com o Brasil, seriam revistos. Isso envolve as políticas de preservações da Amazônia ( invasões, queimadas e derrubadas indiscriminadas), bem como abertura de novas áreas para o plantio de soja e criação de bovinos. Entre outras barreiras de caráter político e alfandegários, eles vão tentar impor programas preservacionistas para manter as matas da região Norte e da Amazônia intocáveis.
O desafio do agronegócio brasileiro e rondoniense é transformar o limão azedo em limonada, mostrando que se eles querem preservar Amazônia paguem pelo carbono que as árvores de pé geram para o mundo, motivo de tanta cobrança deles. Contudo, o governo brasileiro precisa realizar a parte dele titulando e regularizando às grandes, médias e pequenas propriedades rurais para fiscalizar com eficiência, evitando desmatamento, queimadas e invasões. Só em Rondônia, são mais de 80 mil propriedades rurais sem documentos oficiais.
Na outra ponta da linha está o mercado Chinês, grande concorrente dos Unidos, que já adquiriu mais de 50% das safras de carne e grãos do Brasil, até 2022. O Brasil, na realidade é o maior produtor de alimentos baratos do planeta com variáveis de três safras anuais exportando para todos os continentes. Com 4 dólares, por exemplo se compra um quilo de carne. Essa torneira dos alimentos a baixo custo produzidos no Brasil para exportação que a equipe capitaneada pelo presidente eleito, Joe Biden, vai tentar estancar usando como argumento, forte se diga de passagem, a preservação da Amazônia.
Cautela...!
Empresários e lideranças ruralistas, como Adélio Barofaldi e o Secretário de Agricultura, Evandro Padovani, entre outros destacam que o momento é de cautela no que se refere ao posicionamento do futuro governo Americano que promete investir US$ 20 bilhões no combate à destruição na Amazônia, criando barreiras comerciais contendo o agronegócio. Adélio Barofaldi frisa que os produtores rurais não destroem e nem realizam queimadas, eles são os maiores interessados na preservação ambiental na Amazônia.
Diplomacia...!
Tanto Adélio Barofaldi quanto Evandro Padovani defende ações diplomática, para que nesta “queda braço” o agronegócio na região não venha sofrer conseqüências imprevisíveis. Eles reconhecem que se o governo Americano tem a intenção em preservar Amazônia, isso é importante, mas sem intervenção direta na vida e nos negócios de quem produz na região. Contudo, essas questões delicadas podem ser resolvidas por meio do dialogo e diplomacia.
O X da questão!
Com a sensibilidade de quem conhece de fato as questões envolvendo o agronegócio na região, Adélio Barofaldi e Evandro Padovani, aponta ausência de regularização fundiária como o X da questão para acabar de vez, com essas acusações externas de que são os produtores rurais responsáveis pelas queimadas e destruição na Amazônia. É verdade, os pequenos, médios e grandes produtores rurais, com suas áreas tituladas, eles mesmos vão preservar o patrimônio.
Oportunidade de negócios!
No ponto de vista do diretor Técnico do Sebrae em Rondônia, Samuel Almeida, esse é um desafio e oportunidade de negócios para a região. Para ele, o governo Americano não vai segurar expansão da economia brasileira e sim buscar aproximação e equilíbrio do meio-ambiente com oportunidades de integração adotando uma política que promova o desenvolvimento numa vertente de cooperação. Esse equilíbrio se encontra no campo com o agronegócio produzindo alimentos de qualidade.
Minoria criminosa!
Na opinião de Hélio Dias, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), existe uma minoria criminosa no arco Norte produtivo de grãos e bovinos, que provocam queimadas chamando atenção do mundo, como se os produtores rurais fossem os responsáveis pela ausência de preservação ambiental. Segundo Helio Dias, a responsabilidade é de todos, uma vez que se Americanos estão preocupados, eles devem pagar pelo carbono gerado na Amazônia.
Queda na produção!
O secretário de Agricultura, Evandro Padovani, informa que pelos levantamentos das áreas cultivadas com soja no estado pela ausência chuvas, nesta safra haverá uma queda em torno de 20% na colheita de grãos. De acordo com ele, o café também terá uma colheita reduzida alcançando 30%, uma vez que as precipitações pluviométricas foram abaixo da média para abastecer a produção.
Até a próxima
Essa Eu testemunhei...!!! Foi no dia 28 de maio de 1991, uma sexta-feira por volta de umas 17:00 horas no Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, quando o então deputado Nobel Moura, desferiu uns tabefes na deputada Raquel Cândido, ambos rondonienses. Raquel Cândido, ao microfone acusava o colega Nobel Moura de Lenocínio e outras barbaridades, com o plenário vazio quando Nobel Moura se postou ao seu lado e solicitou um aparte. Raquel Cândido não tomou conhecimento... Ele solicitou novamente sem resposta, foi quando então enfurecido Nobel Moura distribuiu dois ou três tabefes no rosto de Raquel Cândido que foi socorrida pelos seguranças. Por acaso acompanhavam aquela sessão modorrenta, como repórter da Rádio Guaíba de Porto Alegre Eu e o Ferrugem cinegrafista da TV Record que a época ainda não havia sido adquirida pelo Bispo Edir Macedo e atravessava dificuldades financeiras. Com todo o bafafá eu corri para uma cabine no Comitê de imprensa entrando no ar ao vivo para a Rádio Guaíba, enquanto o Ferrugem desapareceu. Dez minutos após a notícia ter entrado no ar em Porto Alegre, a TV Globo que não estava presente no momento da encrenca soltou com imagens em edição extraordinária a notícia que ganhou o mundo. Como tudo na vida tem seu lado positivo, Ferrugem que andava na pior com salários atrasados, teria cedido as imagens para Globo não havia registrado o episódio.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/11/desafio-para-o-agronegocio-queimadas-e-destruicao-na-amazonia-padovani-informa-que-havera-queda-na-colheita-de-graos,89959.shtml