G1
Publicada em 18/11/2020 às 10h16
O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo, na África Central, declarou nesta quarta-feira (18) o fim do surto de ebola que infectou 130 pessoas e matou 55 no país. Os primeiros casos haviam sido detectados em junho.
O surto atingiu a província de Équateur, no oeste do país, "em comunidades espalhadas por densas florestas tropicais" e em "áreas urbanas lotadas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Congo sofreu 11 surtos de ebola desde que o vírus foi descoberto perto do rio Ebola em 1976, mais do que o dobro de qualquer outro país.
O ministro da Saúde, Eteni Longondo, atribuiu o sucesso da resposta à pronta disponibilidade de vacinas e tratamentos, bem como aos esforços para mover os centros de tratamento para mais perto das comunidades locais.
Segundo a OMS, mais de 40 mil pessoas foram vacinadas em comunidades espalhadas por florestas tropicais que muitas vezes não tinham eletricidade. Os médicos usaram um armazenamento de cadeia de frio para manter a vacina em temperaturas tão baixas quanto -80ºC.
“A tecnologia usada para manter a vacina do ebola em temperaturas superfrias será útil ao trazer uma vacina contra a Covid-19 para a África", disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África.
"O fim deste surto serve como um lembrete de que os governos e parceiros devem continuar a concentrar a atenção em outras emergências, mesmo que a luta contra a Covid-19 persista", alertou a OMS.
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