G1
Publicada em 26/11/2020 às 09h32
A Justiça da Turquia condenou 337 pessoas à prisão perpétua nesta quinta-feira (26). Elas foram consideradas culpadas pela tentativa frustrada de golpe de estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan, em 2016.
A sentença veio depois de um longo julgamento em Ancara, que começou em 2017. Entre os condenados, estão os pilotos que bombardearam áreas importantes da capital, como o Parlamento. Outras 60 pessoas foram condenadas a penas menores, e 75 foram absolvidas.
Além disso, os militares também foram declarados culpados pela tentativa de assassinato de Erdogan e pela morte de voluntários durante a ação que aconteceu na madrugada de 15 para 16 de julho de 2016, segundo a sentença divulgada pela agência de notícias France Presse.
No total, 475 pessoas eram julgadas neste processo, considerado o mais importante sobre a tentativa frustrada de golpe da madrugada de 15 para 16 de julho de 2016 na base aérea de Akinci, o centro de operações dos militares golpistas.
O então comandante do Estado-Maior e atual ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, e outros oito militares de alta patente foram sequestrados nesta base e libertados na manhã de 16 de julho, após o fracasso do golpe, que terminou com 251 mortos e mais de 2.000 feridos.
Naquela noite, caças F16 bombardearam o Parlamento turco em três ocasiões, assim como estradas ao redor do palácio presidencial, o quartel-general das forças especiais e da polícia de Ancara.
Os bombardeios deixaram 68 mortos e mais de 200 feridos na capital turca. Nove civis perderam a vida em uma tentativa de resistir aos golpistas na entrada da base.
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