AFP
Publicada em 11/12/2020 às 15h12
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que não vê nenhum fundamento para a abertura de uma investigação sobre o envenenamento do principal opositor russo Alexei Navalny, vítima de um suposto ataque com um agente neurotóxico.
"Se uma pessoa esteve prestes a morrer, isso não significa que é necessário abrir uma investigação criminal toda vez", disse Putin na quinta-feira em uma reunião do Conselho Consultivo para os Direitos Humanos do Kremlin, cujas declarações foram publicadas nesta sexta.
No final de agosto, o principal opositor russo ficou gravemente doente durante um voo para a Sibéria. Entrou em coma. Depois de dois dias internado e após pressão de seus familiares, recebeu autorização para ser tratado na Alemanha.
De acordo com três laboratórios europeus, cujas conclusões foram confirmadas pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), Navalny foi envenenado por um agente neurotóxico do grupo Novichok, uma substância criada por especialistas soviéticos com finalidades militares.
O opositor, que ainda está na Alemanha, acusou Putin diretamente de estar por trás do envenenamento. Moscou nega.
"O procurador-geral russo pediu várias vezes aos seus colegas (da Europa) que enviem pelo menos uma conclusão oficial por escrito" sobre os exames médicos de Navalny, disse Putin, cujo país acusa os europeus de se negarem a cooperar neste caso.
O governo de Putin alega que o caso corresponde a um complô ocidental para prejudicar a Rússia.
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