G1
Publicada em 28/12/2020 às 08h35
As autoridades da Coreia do Sul prometem acelerar os esforços para lançar um programa público de vacinação contra o coronavírus, uma vez que o país detectou seus primeiros casos da nova variante do vírus, primeiramente detectada no Reino Unido.
A nova mutação, considerada mais transmissível do que outras que circulam atualmente, foi encontrada em três pessoas que entraram na Coreia do Sul vindas de Londres no dia 22 de dezembro, disse a Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia nesta segunda-feira (28).
A Coreia do Sul estenderá a proibição de voos vindos da Grã-Bretanha por mais uma semana, até dia 7 de janeiro, e exigirá que todos os passageiros que chegarem desse país ou da África do Sul - onde também há uma variante - façam testes antes do embarque, segundo as autoridades.
O país asiático registrou 808 novos casos de Covid até a meia-noite deste domingo (27), menos do que os recordes dos dias 24 e 25 de dezembro, quando teve 1.237 e 1.132 infecções, respectivamente.
As autoridades sul-coreanas alertaram que a queda pode ser devido a redução de testes realizados no fim de semana e no feriado de Natal. As medidas de distanciamento social estão valendo no país até o início de janeiro.
O governo da Coreia do Sul tem enfrentado muitas críticas sobre seus planos de aquisição e distribuição de vacinas, que preveem que as primeiras vacinações comecem apenas no primeiro trimestre de 2021, meses depois de países como os Estados Unidos e a União Europeia, que começou a imunizar a população em massa neste domingo.
Opiniões negativas sobre os planos de vacina foram uma das principais razões que levaram a taxa de desaprovação do presidente Moon Jae-in a um recorde histórico de quase 60%, segundo a pesquisa de opinião pública 'Realmeter'.
Os reguladores da Coreia do Sul vão diminuir o tempo necessário para aprovar vacinas de 180 para 40 dias, segundo o Ministério de Alimentos e Segurança de Medicamentos. Um processo de aprovação adicional para a distribuição e venda de vacinas, que geralmente leva vários meses, será reduzido para cerca de 20 dias.
Em fevereiro, trabalhadores do sistema de saúde e idosos começarão a receber as doses da vacina, segundo Moon.
"Há preocupações de que nosso país não tenha assegurado vacinas suficientes ou que as vacinações sejam adiadas. Isso não é verdade", disse Moon em uma reunião com seus principais assessores, de acordo com um comunicado. “Estamos nos esforçando para adiantar o cronograma de adoção das vacinas”, completou o presidente.
Os planos da Coréia do Sul preveem a compra de doses suficientes para vacinar 46 milhões de pessoas, ou mais de 85% de sua população.
As autoridades disseram esperar que a população sul-coreana alcance um nível de imunidade coletiva por meio das vacinas mais rápido do que em outros países.
A Coreia do Sul tem um total de 57.680 casos de coronavírus, com 819 mortes desde o início da pandemia.
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