Rondoniadinamica
Publicada em 30/12/2020 às 09h22
Porto Velho, RO – A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau/RO), pasta da gestão Coronel Marcos Rocha, sem partido, comandada pelo médico Fernando Rodrigues Máximo, negou em duas ocasiões distintas auxílio a municípios do interior.
Ouro Preto do Oeste e Cacoal acabaram batendo na mureta de contenção do Palácio Rio Madeira, que, por sua vez, responsabiliza recomendações expedidas pelos órgãos de fiscalização e controle na hora de responder negativamente às solicitações emplacadas pelas respectivas secretariais municipais de Saúde.
Em Rondônia, já são 94,3 mil casos de Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) com 1.785 mortes: 20 delas só nas últimas 24 horas.
Cacoal tem 57 óbitos computados ao todo, enquanto Ouro Preto do Oeste já bate a casa dos 32, isto de acordo com dados do Boletim diário veiculado pela própria Sesau/RO.
Nas duas situações, ambas reportadas pelo jornal eletrônico Rondônia Dinâmica, os pedidos giram em torno de medicamentos e insumos hospitalares.
“Assim, lamentamos informar, mas no momento estamos impossibilitados de atender qualquer pedido de origem externa, sob pena de colocar em risco e/ou colapso a rede estadual de saúde”, diz trecho de uma das respostas encaminhadas por representantes do órgão de governo ao Município de Cacoal, por exemplo.
No caso de Ouro Preto do Oeste, farmacêuticos da Sesau/RO ainda dizem que tanto Ministério Público (MP/RO) quanto Tribunal de Contas (TCE/RO) notificaram a pasta municipal a célula da Secretaria de Estado “sobre a distribuição de materiais a outras secretarias, órgãos e setores que não sejam da SESAU/RO, pois os recursos utilizados são específicos para covid-19 e de usufruto tão somente desta secretaria”.
Pois bem.
As secretariais municipais pedem socorro. O Governo de Rondônia nega e ainda coloca a culpa nos órgãos de fiscalização e controle. Estes últimos, por sua vez, silenciam: não contestam nem afirmam a veracidade das justificativas.
Paralelamente, as populações dessas cidades do interior, e sabe-se lá quantas mais, sofrem porque as prefeituras desses municípios não têm condições de proporcionar maior amparo às instituições de saúde sob suas alçadas.
Quem é que vai, no fim das contas, estender a mão a essa pobre gente desassistida?
Fica o questionamento.
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