Rondoniadinamica
Publicada em 04/01/2021 às 10h31
Porto Velho, RO – O (a) leitor (a) do jornal eletrônico Rondônia Dinâmica pode achar estranho levantar qualquer nome para a sucessão de Marcos Rocha, sem partido, nas eleições de 2022. Entretanto, é preciso relembrar a pluralidade postulatória no pleito do ano passado só em Porto Velho.
Na Capital, 15 pessoas disputaram o assento principal no Palácio Tancredo Neves, onde sagrou-se vencedor Hildon Chaves, do PSDB, reeleito após bater Cristiane Lopes, do Progressistas, no segundo turno.
A questão é: estão arriscando mais. Muita gente que outrora não se sentia confortável criou forças e coragem para tirar a cabeça fora do casco.
Portanto, embora muitos nomes relacionados abaixo sejam do mesmo grupo político ou até pertencentes às mesmíssimas siglas, sairá desse amontado o substrato que enfrentará o militar no Palácio Rio Madeira daqui a pouco menos de dois anos.
Detentor, por ora, de 530.188 votos, provavelmente a marca mais expressiva em votações de segundo turno em Rondônia, performance que o consagrou chefe do Executivo estadual em 2018, Rocha não terá mais o ineditismo a seu favor.
Também não poderá mais contar com a tática simbiótica de entoar o nome de Jair Bolsonaro como se fosse o dele próprio.
Agora é ele por ele mesmo, porque ambos já têm históricos distintos para que o público possa avaliar o que foi feito na prática e o que ficou só no discurso.
Por conta dos resultados, o próprio prefeito de Porto Velho Hildon Chaves poderá ser o adversário do tucanato; se não for, o vice, Maurício Carvalho, tem condições de ser a bola da vez.
O emblemático Ivo Cassol, se conseguir desatar os nós que a Justiça infligiu aos seus pés, surge no painel para incomodar os planos do coronel. Sua irmã, Jaqueline, o substituiria caso ele não consiga se desvencilhar desses grilhões.
A terceira via para o grupo seria a derrotada Cristiane Lopes, que, apesar do revés, teve forças o suficiente para deixar para trás 13 candidatos da Capital na primeira fase da peleja eletiva.
Léo Moraes, do Podemos, que ficou de fora nestas eleições, está com “sangue nos olhos” para realizar seu sonho, que a princípio seria comandar o Município de Porto Velho. Lado outro, ele já detém capital político o suficiente para enfrentar uma eleição pelas rédeas do Governo do Estado.
Das eleições em Porto Velho ainda surgem como opções; Vinícius Miguel, do Cidadania; Breno Mendes, do Avante, e Coronel Ronaldo Flores, do Solidariedade.
O trio surpreendeu em termos de votação justamente porque o pleito contou com 15 candidatos. Qualquer um deles teria condições de levar boa parte dos eleitores de Porto Velho às urnas e causar riscos às pretensões de Marcos Rocha.
Do Avante, se não for Mendes, o deputado estadual Jair Montes teria o sinal verde do grupo político que comanda para ser “o cara” na disputa pelo Palácio Rio Madeira. Já Coronel Ronaldo, caso não seja lançado, poderia dar lugar ao padrinho político, o ex-governador Daniel Pereira.
Thiago Flores, o ex-prefeito de Ariquemes, fez uma administração elogiada no município do interior e seria um nome bastante interessante para postular o governo; de lá, também há Alex Redano, do PRB, que agora comanda a Assembleia Legislativa (ALE/RO) neste biênio.
O ex-presidente da ALE/RO, Laerte Gomes, também do PSDB, teria condições de ir para a disputa até pela gestão equilibrada no Legislativo.
Por fim, há o “grude” novo de Bolsonaro, Marcos Rogério, senador do DEM; o ex-senador Expedito Júnior, também tucano; Coronel Chrisóstomo pelo PSL e até Marinha Raupp, se esta tiver intenção de regressar ao mundo eletivo.
O número massivo de nomes está espalhado por aí em burburinhos, e, obviamente, será afunilado até a época da disputa. Porém, se Marcos Rocha quiser se eleger deverá ficar de olho em todos eles para manter o trono, o cetro e a coroa.
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