Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 20/01/2021 às 15h03
Vacina – Ridícula e condenável a politicagem na distribuição da vacina CoronaVac, contra a covid-19 pela maioria dos governadores, inclusive em Rondônia, com o coronel Marcos Rocha e o secretário estadual de Saúde, Fernando Máximo. Estão mercantilizando a vacina, que é vital para a população, pois representa a imunização contra o coronavírus, que, ainda, preocupa o mundo, porque contamina em larga escala, além de provocar óbitos. Totalmente desnecessária a entrega pessoal, festiva, justamente num momento delicado, onde tudo que é possível, está sendo feito de maneira virtual, sempre evitando a presença física de pessoas, sejam autoridades ou não.
Politicagem – A prática da política é salutar, necessária. Tudo depende da política (econômica, social, financeira, etc.), mas jamais da politicagem. Qual a necessidade de em todas as cidades onde está chegando a vacina, poses para fotos com governador, secretário da Saúde (Estado e municípios), deputados, prefeitos, vereadores? A vacina, mesmo escassa, pois chegaram menos de 50 mil doses para um universo de 1,8 milhão de pessoas, no caso de Rondônia, é por enquanto, o único antídoto contra a pandemia, que assusta o mundo. Não há a mínima necessidade da prática explícita de a politicagem, pois o povo está fragilizado, ansioso, preocupado com a situação, de difícil solução. Quando se consegue, após quase um ano de luta dos maiores cientistas do mundo, a vacina, é condenável, que se faça politicagem na distribuição e campanhas para vacinação. Charles de Gaulle estava coberto de razão...
Eleições – Ji-Paraná tem dois dos três senadores no Congresso Nacional: Acir Gurgacz, presidente regional do PDT e Marcos Rogério, que preside o DEM em Rondônia. Acir, caso esteja elegível até às eleições de 2022, não deverá concorrer a mais uma reeleição ao Senado, mas ao governo do Estado, que sempre foi a sua meta na política. E Acir terá como adversário direto na disputa da sucessão estadual o colega de Senado e de cidade, Marcos Rogério, que há tempo formata as eleições do próximo ano rumo ao governo do Estado. Ji-Paraná também tem no Congresso Nacional a deputada Sílvia Cristina, do PDT. Ela deverá concorrer à reeleição, missão que não será das mais fáceis.
Eleições II – A possibilidade de Acir concorrer à sucessão do governador Marcos Rocha (Sem Partido), que deverá disputar a reeleição, espelha a força de Ji-Paraná na política regional. Hoje a representatividade maior em Porto Velho, que tem o maior número de deputados (federais e estaduais), mas nenhum senador é assunto predominante nos bastidores da política, quando o assunto é Eleições 2022. O terceiro senador de Rondônia é Confúcio Moura (MDB), de Ariquemes, que também está sendo motivado a concorrer a governador, cargo que ele ocupou em dois mandatos seguidos. Não será por falta de políticos, bons de votos, que as eleições do próximo ano deixarão de motivar os eleitores. Mas o interior, que perdeu a hegemonia no governo com a eleição de Rocha em 2018, está se preparando para a retomada do poder político estadual. Quem viver verá...
Eleições III – É importante esclarecer, que Acir estará completando o segundo mandato em 2022. Marcos Rogério a metade do primeiro também no próximo ano. O mandato de senador é de oito anos. Há possibilidades de Ji-Paraná ficar sem nenhum senador a partir das eleições do próximo ano, caso Acir concorra ao governo ou não consiga a elegibilidade, e a de Marcos Rogério se eleger governador. No caso de Marcos Rogério assumiria o primeiro suplente, Samuel Araújo (PSDB), que é de Porto Velho. Também há possibilidades de o ex-prefeito em dois mandatos seguidos de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), concorrer e se eleger ao Senado, pois é um nome de expressão na política estadual. Potencial eleitoral Jesualdo, que já foi deputado estadual e primeiro-secretário da Casa do Povo tem, pois em 2018, mesmo sem estrutura política adequada somou mais de 195 mil votos ao Senado.
Respigo
A exploração pessoal da chegada de um mínimo da vacina em Rondônia e também nos demais Estados é realmente hilária. Só faltam banda de música, desfile pelas ruas e avenidas das cidades para completar o quadro dantesco montado pela maioria dos políticos em todo o Brasil +++ O prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), ainda, não se manifestou sobre as ações do município com relação a vacinação contra o coronavírus. Hildon esteve no Butantan, em São Paulo, no final de 2020 e afirmou que o município tem recursos financeiros para adquirir a vacina, como já informamos anteriormente, mas as ações não evoluíram +++ O Estado de Rondônia recebeu menos de 50 mil doses da CoronaVac, que está sendo distribuída com muita politicagem, como dissemos acima nas cidades do interior. Rondônia tem hoje cerca de 1,8 milhão de habitantes, portanto se Porto Velho tem condições de adquirir a vacina, seria importante viabilizar meios e formas para isso, pois o momento é de muita apreensão à espera de ações positivas contra a pandemia.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/01/politicagem-na-distribuicao-da-vacina-em-rondonia-em-cada-entrega-uma-solenidade-dois-senadores-buscam-o-governo-do-estado-em-2022-,94795.shtml