O encontro virtual, exibido pelo Facebook, contou com a presença de dezenas de bancários e com a participação de Mariana Coelho, da Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEE-BB), de Wescly Mendes de Queiroz, secretário de Assuntos Jurídicos da Fetec-CN-CUT, Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CN-CUT, José Pinheiro, presidente do SEEB-RO e do advogado Felippe Pestana, coordenador do Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados, que presta assessoria jurídica SEEB-RO.
Para José Pinheiro, presidente do Sindicato, o Banco do Brasil pegou a todos de surpresa com o anúncio de mais uma reestruturação que afeta os trabalhadores e todos os clientes.
“Mesmo com a pandemia, o BB tem lucrado mais de R$ 1 bilhão por mês. Ou seja, nada justifica uma reestruturação que vai fechar agências, que vai cortar milhares de postos de trabalho e extinguir a figura do caixa, e aqui em Rondônia não será diferente. O BB é fundamental não só para os trabalhadores, mas para toda a população rondoniense, pois atende em quase todos os municípios. Há localidades onde existem agência do Banco do Brasil e de outros bancos, mas só o BB responde por questões importantes para o desenvolvimento econômico e social, como a agricultura familiar e o apoio ao grande, micro e pequeno empresário, por exemplo. E com menos agências e menos funcionários, os clientes vão padecer ainda mais nas filas. É uma medida altamente maléfica para toda a sociedade brasileira”, avaliou José Pinheiro.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (FETEC-CUT/CN) Cleiton dos Santos, descreveu a reestruturação anunciada como uma tentativa de destruição do principal capital da instituição com mais de 200 anos e de extrema importância para a sociedade brasileira, que é o funcionalismo.
“Esse processo atinge a base da estrutura organizacional do banco, retirando a gratificação dos caixas. Essa ‘economia’ defendida pelo banco para a reestruturação é tão insignificante que só nos leva a entender que a intenção real é destruir aquilo que é mais importante, que é o funcionalismo. Outro ponto que nos chama a atenção é a questão das agências fechadas. Aqui em Rondônia teremos uma agência fechada na capital e mais cinco no interior do Estado. Isso significa menos pontos de atendimento, ou nenhum, no caso de algumas cidades que, de instituição financeira, só tem agência do Banco do Brasil. Portanto, essa ação do banco, tomada de forma unilateral, sem negociar com a representação dos trabalhadores, sem um diálogo amplo com a sociedade, só confirma a intenção de privatização do banco, como ficou bem claro ainda na reunião ministerial de abril do ano passado, naquela frase do ministro Paulo Guedes – utilizando-se até mesmo de palavra de baixo calão – e que foi exibida para todo o país”, destacou Cleiton, que também é dirigente do SEEB-RO.
A live completa encontra-se disponível na página principal do site bancariosro.com, no Facebook e no canal do Sindicato no Youtube.