Folha do Sul/Rogério Perucci
Publicada em 26/01/2021 às 13h27
A chamada “segunda onda” da Covid-19 chegou forte em Vilhena. O mês de janeiro tem batido todos os recordes de contágio e de mortes pela doença no mundo, e não é diferente no maior município do sul rondoniense.
Os dados atualizados pela Secretaria Municipal de Saúde até ontem, segunda-feira 25, mostram que nos primeiros 25 dias do ano, Vilhena contabilizou 40 mortes causadas pela doença. O número é muito superior aos 9 óbitos registrados durante todo o mês de dezembro. As mortes ocorridas em Vilhena no mês de janeiro correspondem a 31,25% do total de óbitos pela Covid desde o início da pandemia.
Nas últimas 24 horas o município confirmou quatro óbitos na Central de Atendimento à Covid-19. E não foi o maior índice de mortes em um dia no mês; em outras duas datas o município registrou números mais altos. No dia 15 foram 6 mortes e, no dia 24, outros 5 óbitos.
Desde o início da pandemia o maior município do sul rondoniense já contabilizou 128 mortes, sendo 107 de vilhenenses e 21 de moradores de outras cidades que estavam internados na Central de Atendimento à Covid-19 de Vilhena.
Um grande salto também foi percebido no número de casos confirmados da doença. De primeiro de janeiro até ontem, 1.871 novos casos de contágios foram confirmados. Em todo o mês de dezembro o número de casos confirmados foi de 656. O mês de janeiro, que ainda não acabou, é responsável por 27,31% do total de casos registrados desde o início da pandemia.
Nas últimas 24 horas foram confirmados 113 novos casos. Foram 1.144 nos últimos 14 dias, consolidando uma média móvel de 82 casos diários. Um aumento de 30,15% em comparação com a média móvel registrada há duas semanas.
Esse aumento exponencial de casos reflete diretamente na ocupação dos leitos reservados para o tratamento da covid em Vilhena. Segundo a própria Secretaria Municipal de Saúde, 80% dos leitos de UTI da “Central Covid” estão ocupados. Os leitos de enfermaria também estão perto de atingir a capacidade máxima.
Em reunião na sexta-feira, 22, com empresários que reivindicavam a flexibilização do decreto que proibiu a venda de bebidas alcoólicas, o prefeito Eduardo Japonês disse que não tem mais onde colocar pacientes.
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