Marina Espíndola/Secom
Publicada em 27/01/2021 às 10h40
O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), está monitorando a comercialização de produtos emagrecedores que prometem a perda de peso de forma rápida e sem sofrimento. Os remédios com uso restrito e até mesmo proibido, são vendidos pelas redes sociais sem nenhuma dificuldade e comercializados com informação falsa de serem “fitoterápicos”.
O monitoramento é realizado por técnicos da Agevisa, seguindo as determinações da Resolução nº 1.564, de 18 de Maio de 2020 do Diário Oficial da União, que proíbe a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de medicamentos, como um produto, vendido como suplemento natural, indicado para perda de peso e reeducação alimentar. O remédio considerado perigoso e restrito no território nacional, aparece entre os mais vendidos em Rondônia.
VENDAS
A Agevisa atua diretamente no comércio e pelos trabalhos de fiscalizações intensas das equipes, que a maioria dos empresários tem a ciência do que pode ou não ser exposto nas prateleiras, pois um produto indevido é passivo de recolhimento ou interdição, podendo sofrer sanções sanitárias pela comercialização desses produtos. O que chama a atenção e preocupam as autoridades são as vendas pela internet. “O público principal que faz a comercialização dessa mercadoria é o que está na internet. São vendedores ou influenciadores digitais, que geralmente vendem e entregam na residência do comprador. Não sabe a procedência desses produtos, inclusive, desconhecendo o endereço”, disse Vanessa Ezaki, gerente Técnica de Vigilância Sanitária da Agevisa.
REGISTRO DA ANVISA
O registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é obrigatório para todos os tipos de medicamentos e pode ser reconhecido facilmente. Vanessa explica que é através de um número descrito nas embalagens que a população pode ter acesso aos produtos controlados. O medicamento pode ser consultado no site da Anvisa. Basta preencher os dados com o número de registro do produto. É importante lembrar que sendo fitoterápico ou não, é necessário ter o registro da Anvisa.
Consumir medicamentos para emagrecer sem orientação médica pode colocar a saúde em risco. “Não existe um produto 100% natural que proporciona a perda de peso corporal da noite para o dia. As pessoas precisam reconhecer que quando vem com esta proposta, provavelmente há uma história mal contada”, explica Vanessa.
De acordo com a especialista existem muitos medicamentos no mercado vendidos como fitoterápicos circulando em vários estados, inclusive em Rondônia, sem o registro da Anvisa, criando uma falsa ilusão de perda de peso repentina. “Alguns produtos trazem um selo com a bandeira dos Estados Unidos, dando a entender que naquele país é liberado, enganando o usuário” alerta.
Vanessa afirma ainda que não existem fitoterápicos e nem medicamentos que promovam o emagrecimento acelerado sem que esteja associado a uma dieta balanceada e à pratica de atividade física. “A gente sabe que os sintomas de quem ingere esses produtos incluem, aumento dos batimentos cardíacos, ansiedade e muitas vezes stress e secura na boca. Nenhum produto natural poderia causar esse mal, e quando passa a obter esses sintomas é preciso desconfiar”, finaliza.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2021/01/venda-ilegal-de-medicamentos-para-emagrecer-e-alvo-de-fiscalizacao-em-rondonia,95295.shtml