Rondoniadinamica
Publicada em 29/01/2021 às 11h24
Porto Velho, RO – Há três dias o Ministério Público de Rondônia (MP/RO) e o Governo do Estado, este gerido atualmente por Coronel Marcos Rocha, sem partido, têm contraposto, via imprensa, versões sobre a suposta fraude em leitos de UTI apontada através de denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Geraldo Henrique Ramos Guimarães.
Guimarães é coordenador tanto do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Criminalidade (GAECRI) quanto da Força-Tarefa COVID-19.
Na terça-feira, o UOL veiculou as ponderações do membro do MP/RO logo pela manhã; no final da tarde, ainda no mesmo dia, a alta cúpula do Palácio Rio Madeira se manifestou em coletiva de imprensa.
Rocha rechaçou as acusações alegando que faltou ao promotor olhar técnico; José Gonçalves da Silva Júnior, o Júnior Gonçalves, secretário-chefe da Casa Civil, foi além, acusando o representante da instituição de fiscalização e controle de agir com intenções político-midiáticas.
Interim
Entre a manchete do UOL, as repercussões na mídia regional e a coletiva do Governo de Rondônia sobre o caso, Geraldo Henrique Ramos enviou Ofício à Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (AGEVISA), em nome da diretora Ana Flora Camargo Gerhardt, com a chancela de “Urgente”, pedindo informações variadas.
Uma dessas solicitações se destaca entre os pedidos: o promotor quer entender porque 30 leitos de UTI e outros 23 clínicos do Centro de Reabilitação de Rondônia (CERO), mesmo após “sua completa desativação em 14 de outubro, sabidamente”, foram incluídos, mesmo assim, nos relatórios diários elaborados pela Administração Pública estadual.
Guimarães chega a notar que esses leitos “não estavam funcionais e/ou disponíveis para pronto uso por absoluta falta de profissionais médicos”.
“Por fim, que, imediatamente, passem a divulgar nos relatórios diários, o número de pacientes que se encontram na fila de espera por leitos clínicos e de UTI, bem como divulguem, com clareza, o progresso diário de novos contaminados, internados, se em leito clínico ou UTI, e o número de mortos ocorridos nas últimas 24 horas”, exigiu, ao fim.
Ana Flora Camargo Gerhardt encaminhou o despacho para Iranildo Dias de Andrade, Amanda Diniz Del Castilho com cópia ao secretário de Saúde (Sesau/RO) Ferando Máximo (Sesau/RO).
O último a se manifestar foi Iranildo Dias, que, por sua vez, na última quinta-feira (28), informou que “as devidas respostas estão sendo elaboradas e serão encaminhadas ao Procurador Geral do Estado [Maxwel Mota de Andrade]”.
Até o fechamento da reportagem a gestão não havia respondido formalmente à diligência ministerial.
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