G1
Publicada em 01/02/2021 às 09h17
O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira (1) que não é possível dialogar com os opositores que foram a protestos a favor de Alexei Navalny no domingo. “Não pode haver conversa com hooligans e provocadores”, disse Peskov.
Foi o segundo fim de semana consecutivo de atos políticos e prisões em massa. Da primeira vez, mais de 1,6 mil foram presos.
A Justiça da Rússia multou a mulher de Alexei Navalny em US$ 265 (cerca de R$ 1.400) pela participação dela nas manifestações.
Mais de 5.300 pessoas foram detidas na Rússia durante as manifestações pró-Navalny de domingo (31) .
Em Moscou, 1.800 manifestantes foram presos, enquanto em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, este número chegou a 1.176.
Navanly se apresenta à Justiça na terça-feira
Foi o segundo fim de semana consecutivo em que houve manifestações simultâneas em várias cidades da Rússia para exigir a libertação do principal opositor do governo, Alexei Navalny. Ele está preso desde 17 de janeiro. Naquele dia, ele desembarcou no país depois de ter passado cinco meses em tratamento em Berlim --ele se recuperava de um envenenamento, pelo qual acusa o presidente russo, Vladimir Putin.
Nesta terça (2), Navalny deve comparecer à Justiça para responder por violação de controle judicial e corre o risco de que a pena sob sursis pronunciada em 2014 contra ele se transforme em prisão, conforme solicitado pela administração penitenciária.
A Promotoria russa disse apoiar o pedido de prisão, por considerá-lo legal e justificado.
O tribunal pode determinar a prisão de Navalny por um período de dois anos e meio a três anos, já que parte da sentença foi cumprida em liberdade condicional.
O opositor russo enfrenta outros julgamentos, entre eles um por difamação marcado para a próxima sexta-feira.
Os partidários de Navalny foram convocados a irem às ruas nesta terça, em frente ao tribunal Simonovski de Moscou, onde o opositor será julgado.
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