France Presse
Publicada em 13/02/2021 às 09h29
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador decidiu nesta sexta-feira (12) fazer uma recontagem parcial dos votos da eleição presidencial a pedido dos dois candidatos, da esquerda e da direita, que lutam pela segunda vaga no segundo turno.
O líder indígena de esquerda Yaku Pérez e o ex-banqueiro de direita Guillermo Lasso pleitearam a revisão depois de brigarem voto a voto pelo segundo lugar, atrás do economista socialista Andrés Arauz, na apuração da votação de domingo, em que também foram escolhidos os 137 membros da Assembleia Nacional.
"Serão revistos 100% dos votos na província de Guayas", que tem o maior eleitorado das 24 províncias do país, e "50% dos votos em 16 províncias", explicou a presidente da CNE, Diana Atamaint, em coletiva de imprensa em Quito.
Ela acrescentou que "assim que o processo de revisão for concluído, o anúncio final dos resultados será feito".
Pérez, que inicialmente solicitou uma recontagem nacional depois de denunciar uma fraude para deixá-lo de fora, e Lasso participaram de uma reunião na CNE nesta sexta, com a presença de observadores internacionais.
A contagem preliminar atingiu 99,99% de registros eleitorais processados nesta sexta. Pérez obteve 19,38% dos votos e Lasso, 19,74%. Em primeiro lugar ficou Arauz, de 36 anos, apadrinhado pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), com 32,70% dos votos.
Respeito irrestrito
O segundo turno está marcado para 11 de abril, quando será eleito o sucessor do impopular presidente Lenín Moreno, cujo mandato de quatro anos terminará em 24 de maio.
Lasso e Pérez prometeram respeitar os novos resultados e manter a oposição ao correísmo.
"Quando se faz com transparência, é preciso respeitar os resultados sem restrições", afirmou Pérez. "Esperamos que o processo seja realizado de forma ágil em cada província para que se conclua no menor tempo possível", disse, por sua vez, Lasso.
Os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e de Transparência e Controle Social pediram nesta quarta-feira "transparência" e "legitimidade" na apuração.
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