Dandara Carvalho/Secom
Publicada em 01/03/2021 às 13h02
O Governo de Rondônia, por meio da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), realizou na sexta-feira (26) a 1ª Edição da live “Café no Museu”, com transmissão através de rede social.
A live teve a participação dos historiadores Antônio Cláudio Barbosa Rabello e Elis Oliveira, juntamente com o chefe de equipe do Museu Palácio da Memória Rondoniense e educador patrimonial, João Pedro Rabello. A transmissão contou a história do futebol de Rondônia nas décadas de 1920 a 1940, e teve como pontapé inicial o questionamento: “Por quê gostamos tanto do futebol nacional em detrimento ao futebol local?”.
Elis Oliveira explica que “a resposta para essa pergunta não está só no campo de Futebol, mas sim dentro de nós mesmos. É muito importante conhecer a sua própria história, só amamos o que conhecemos. Foi muito gratificante poder contar as historias dos clubes e agremiações esportivas de Rondônia”.
O historiador Antônio Cláudio Barbosa destacou a importância da pesquisa histórica através de jornais. “Pesquisas realizadas através de jornais nos contam muitos fatos. A fonte mais antiga foi o jornal Alto Madeira, de 1917 até 1940. Ocorreram muitas manifestações em torno do futebol, tornando um esporte, até então, elitizado em algo mais popular”, disse acrescentando que o Ipiranga foi um dos primeiros clubes de Porto Velho.
Outro ponto destacado pelo historiador foi o esporte ser um agregador de culturas. “Porto Velho surgiu como uma cidade cosmopolita, que queria ser grande e sempre apreciou o futebol, onde já teve uma história riquíssima que transcendia até mesmo a Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, contou.
Segundo ele, na década de 1930 os torneios se tornavam politizados, onde acontecia de tomarem partido em uma revolução ou outra. “O jogo de futebol era o ápice para a sociedade, mas o futebol de 1940 foi meio que nacionalizado com o governo de Getúlio Vargas, perdendo a identidade do futebol regional”.
Na finalização da apresentação durante a live, os historiadores deixaram claro a vontade de retomar as pesquisas sobre o esporte até meados da década de 1980, que fica como um plano futuro. Vale ressaltar, que esse foi a primeira edição do projeto “Café no Museu”, que contará com outras edições já planejadas com temas variados.
Segundo o chefe de equipe do Museu, João Pedro Rabello, desde o ano passado, a direção programou eventos, exposições e frentes de trabalho voltados para o público “enxergar o Museu”, como definiu, mas o isolamento social decretado para evitar o contágio do novo coronavírus levou ao cancelamento das atividades presenciais.
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