Rômulo Azevedo/Secom
Publicada em 05/03/2021 às 10h33
O relatório de ações do Hospital de Campanha de Rondônia relacionado ao primeiro bimestre do ano aponta que um novo perfil de pacientes já está consolidado no Estado. Em fevereiro, foram registradas 235 altas hospitalares.
De acordo com os dados da unidade hospitalar, somente nos dois primeiros meses do ano as taxas de adultos jovens (como é determinado este novo perfil de pacientes) são quase a metade das pessoas que recebem atendimento no hospital. Em janeiro deste ano, 58% dos pacientes que deram entrada no Hospital de Campanha se enquadraram neste perfil. Em fevereiro, a porcentagem foi de 34%, de um total de 384 atendimentos realizados apenas na unidade.
A diretora adjunta do HCR, Áurea Scarponi, contou que este novo perfil de infectados passou a se consolidar em Rondônia ainda no mês de dezembro. O comportamento de algumas pessoas que se encaixam neste perfil, sendo aquelas que não acreditam na letalidade do vírus e principalmente em seu alto nível de contágio, acreditam que apenas os idosos estão vulneráveis à doença, e não fazem uso correto das medidas sanitárias, ajudaram para resultado, somado ao efeito das festas de final de ano, ponto-chave, no entendimento das autoridades de saúde em Rondônia. Isso aumento com velocidade o número de casos da Covid-19, neste primeiro bimestre.
A Diretora Assistencial do Hospital de Campanha, Mariana Aguiar, contou que em fevereiro, foram registradas 235 altas hospitalares. Em que pese o fato de ser um número bem maior em relação aos meses anteriores (o maior número de altas desde o início da pandemia apenas na unidade) na equação, o resultado é preocupante. A diretora explica, que esse número é um dos indicativos de que a demanda no hospital tem aumentado.
Neste caso em específico, reflete o estresse que a unidade hospitalar se encontra. No último levantamento feito pela Coordenação do hospital, antes da entrevista que resultou nesta matéria (quinta-feira, 4, às 8h) 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam ocupados, enquanto 80% dos leitos clínicos estão com pacientes em tratamento contra a Covid-19. “Esses dados são flutuantes, pois a rotatividade de pacientes é grande. Geralmente quando registramos uma alta, temos apenas o tempo de higienização do leito e regulação. Rapidamente ele já é ocupado”, explica Mariana.
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