Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 22/03/2021 às 15h04
Ausente – Dados levantados pelo presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania (ADDC) de Rondônia, advogado Caetano Neto, sobre o descaso do governador Marcos Rocha (Sem Partido) e com mais de dois anos de mandato demonstram a inércia do governo. Rondônia tem 52 municípios e, segundo o levantamento, 18 deles nunca receberam a visita do governador Rocha, nem mesmo de passagem. Como Rocha tem pretensões de concorrer à reeleição nas eleições de 2022, quando também serão eleitos presidente da República, um dos três senadores, deputados federais e deputados estaduais, certamente será muito cobrado pelas lideranças dos municípios, mesmo com a condições adversa desde março de 2020, quando teve início à pandemia que assusta e preocupa o mundo e prejudica os administradores públicos atuais.
Equilíbrio – A previsão para as eleições a governador do próximo ano é de muita disputa, pois já estão na lista de prováveis candidatos, todos nomes expressivos. Ao menos oito políticos, alguns ex-governadores como o senador Confúcio Moura (MDB) e o ex-senador Ivo Cassol (PP), que já provaram que são bons de votos e têm consideráveis representatividades junto ao eleitor de Rondônia. Já Rocha foi eleito em 2018 em condições excepcionais, na “aba” do presidente eleito nas mesmas eleições, Jair Bolsonaro, na época no PSL, mesmo partido do atual governador, que disputou o segundo turno, após ficar em segundo no primeiro turno, com 10.001 votos a frente do terceiro colocado, ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Maurão de Carvalho (MDB). O primeiro colocado foi Expedito Júnior (PSDB), derrotado no segundo turno por Rocha com mais de 260 mil votos de diferença.
Cacoal – Na sua coluna semanal “Boca Maldita”, publicada todas às sextas-feiras no seu jornal “Correio Popular”, de Cacoal, o mais antigo jornal impresso de Rondônia, o jornalista Antônio Perin comentou a aprovação pelos vereadores da compra de um veículo novo para ser utilizado no gabinete do prefeito Adailton Fúria (PSD). Até aí, morreu Neves. Ocorre que Fúria, que era deputado estadual, antes de se eleger prefeito, há dias em uma live, criticou a administração anterior, porque no pátio da prefeitura tinham mitos veículos fáceis de serem reparados, mas foram abandonados, inclusive caminhonetes seminovas, por administrações anteriores. Meu querido, saudoso e adorado pai, Jurandir já dizia na sua simplicidade e com sotaque de homem do interior de São Paulo (Garça): “ pólvora alheia, chumbo grosso...”
HB – Pertinente a visita-surpresa da deputada estadual Cássia Muleta (Podemos-Jaru), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ale) na última sexta-feira (19) ao Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho. É que nas redes sociais são constantes as denúncias da falta de alimentação a funcionários, pacientes e acompanhantes na unidade pública de saúde. Cássia constatou de a necessidade de reparos nas instalações, que estão em precárias condições e falta de insumos hospitalares como cadeiras de rodas e de banho a pacientes. Cássia encaminhou ofício à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) solicitando providências e esclarecimentos sobre a situação, que realmente é crítica.
Deputado – O ex-secretário da Administração da Prefeitura de Ji-Paraná, Ari Saraiva é um dos nomes de expressão eleitoral para disputar a Assembleia Legislativa nas eleições de 2022. Ari concorreu a deputado estadual em 2018, somou 7.985 votos, mas não conseguiu se eleger em razão das coligações. Nas eleições a prefeito de 2020, Ari estava bem cotado para disputar a sucessão municipal, mas acabou desistindo. Para 2022 Saraiva está se preparando e certamente será um candidato com ótimas chances de sucesso. Tem boa penetração junto as mais diversas camadas da sociedade e rejeição mínima. Os deputados Laerte Gomes (PSDB/Ji-Paraná) e Jhony Paixão (PRB/Ji-Paraná) terão em Saraiva um forte adversário.
Respigo
A questão do transporte coletivo em Porto Velho continua complicada. A empresa que tem a concessão, a JTP opera com dificuldades, porque a pandemia não permite um movimento regular de pessoas +++ Outro problema são os táxis clandestinos, que assediam os passageiros nas paradas de ônibus de forma explícita e sem ações efetivas da fiscalização pela prefeitura. Os clandestinos circulam com lotações máximas, sem os mínimos cuidados com o protocolo do covid-19 e não transportam gratuitamente idosos e pessoas com deficiências. Sem uma ação firme da fiscalização da Secretaria Municipal de Transporte (Semtran) a empresa acabará paralisando os trabalhos e o povo, que depende do transporte coletivo ficará à mercê dos clandestinos +++ Difícil também a situação dos comerciantes em razão de o coronavírus. Com lojas, restaurantes e a maioria do comércio fechada, fica difícil equilibrar a economia do Estado. A expectativa é que, se hoje a situação é grave nesses segmentos, no setor público também será é só uma questão de mais ou menos tempo +++ Sem arrecadação União, Estados e prefeituras não terão como cumprir seus compromissos com servidores e fornecedores. Sem a vacina a perspectiva de quebradeira geral aumenta a cada dia.
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