No fim das contas o ex-governador Ivo Cassol (PP), conseguiu tumultuar de certa maneira o processo eleitoral com suas investidas judiciais a fim de tentar formalizar candidatura ao Palácio Rio Madeira
Com a maioria fechada no STF contrariando a decisão concedida liminarmente por Nunes Marques, restou a ele a desistência com discurso narcisista ao maior estilo “quem perdeu foram vocês, não eu”.
Remanesce uma indagação: quem, afinal, herdará os potenciais 29% do eleitorado local alcançado pelo progressista na primeira rodada da pesquisa Ipec?
Tecnicamente, Cassol estava emparelhado com o primeiro lugar à época, no caso o próprio mandatário do Estado, Marcos Rocha, do União Brasil
Levando em conta seu vice no passado, o governador-tampão de 2010 João Cahúlla; e a própria irmã, Jaqueline, quando postulante em 2014, Narciso, apesar da popularidade conservada, não funcionou como transmissor de votos
Ele também não conseguiu eleger suas “crias” mais exóticas como o artista DJ Maluco; o empresário Ivan da SAGA ou o próprio genro Júnior Raposo, este último tentando novamente agora
Antes de ser candidato sem ter resgatado os direitos políticos plenos, Léo Moraes surgiu como possibilidade de parceria. Houve, inclusive, gestos políticos públicos de união, ao menos com Jaqueline e outros membros do clã
Resta saber se o seu público irá aderir às campanhas com pouca ressonância popular – levando em conta a pesquisa citada. Além desse panorama hipotético, Rocha poderia se beneficiar da migração aumentando vantagem sobre os demais
Com sua saída, Cassol criou uma fumaça nebulosa a respeito das possibilidades, e, relembrando, o fato de não ser bom transmissor de votos, é muito difícil, por ora, determinar quem será o grande beneficiado com sua derrocada pessoal