Programa de Aquisição de Alimentos anima produtores de hortaliças em Porto Velho
Publicada em 20/02/2020 às 10:54O entorno de Porto Velho tem uma intensa atividade agrícola que abastece os mercados locais e atende o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), mantido pelos governos estadual e federal. Os produtores vivem e trabalham em micro propriedades, onde são produzidas algumas frutas e uma grande quantidade de hortaliças, especialmente espécies folhosas como alfaces, couves e condimentares, entre elas o cheiro verde, que é a junção de cebolinha e coentro, ingrediente indispensável na culinária regional.
Um maço de cheiro verde pesa no máximo cem gramas, e é vendido a preços que chegam a um real, dependendo da época do ano e do tipo de comercialização. O jovem rural Lucas dos Santos, produz cheiro verde e é cadastrado como agricultor familiar, apesar de ter apenas 21 anos, fez sua Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Ele é fornecedor do PAA, e ficou feliz com a notícia de que o programa voltou e faz a primeira compra na terça feira (18).
O programa de compra do governo não é o principal comprador dos produtos dos agricultores familiares do entorno da capital, mas é considerado muito importante por todos eles, porque dá vazão a possíveis excedentes de produção, e ainda paga preços de varejo pelo produto ofertado.
A propriedade vizinha à da família do Lucas, pertence ao Thiago Mateus Constantino, outro jovem agricultor que produz hortaliças e também é fornecedor do PAA, Thiago comprou sua chácara depois que perdeu o emprego em uma grande empresa, antes ele ajudava um tio no cultivo da horta, apenas nos dias de folga. “Agora tenho mais liberdade, faço meus horários”, fala o produtor, ele não diz quanto ganha, mas diz que vende tudo quanto produz e que consegue trabalhar o ano todo, já construiu algumas estufas e está aprendendo as técnicas do cultivo protegido.
Em ambos os casos os jovens agricultores ficam entusiasmados ao falar do aprendizado que estão conseguindo, e são unanimes em reconhecer que sem o trabalho da Emater-RO, a situação seria muito mais difícil. “A orientação da Emater-RO é fundamental no nosso trabalho, sem ela não dá pra desenvolver não”, diz o jovem produtor rural Constantino.
Fonte: Enoque de Oliveira/Secom