ARTIGO: Conferência Nacional da Mulher Advogada - Por Franciany Dandolini
Publicada em 02/03/2020 às 16:22Março não é um mês como os outros.
Março lembra delicadeza, beleza, feminilidade? Sim, lembra.
Mas, março lembra muita luta; lembra sofrimentos, batalhas, sofridos e travados por incríveis mulheres.
Chega a ser um paradoxo? Não…
Mulher é tudo isso, acreditem: delicada, feminina, filha, mãe, trabalhadora, esposa, companheira, guerreira, lutadora, feminista. Mulher é vencedora, especialmente, numa sociedade eminentemente patriarcal ainda, mesmo já tendo ocorrido muitas conquistas de reconhecimento de direitos e igualdades.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20.
Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo – aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.
Esse dia tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres.
Mesmo passadas décadas de protestos das mulheres e de celebração do 8 de março, a evolução ainda foi muito pequena.
Assim, objetivando marcar essa pauta feminina, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, através de sua Comissão Nacional da Mulher Advogada, realizará a III Conferência Nacional da Mulher Advogada, nos próximos dias 5 e 6, na Capital do Estado do Ceará.
Temas importantíssimos e de grande relevância à essa pauta serão abordados como a participação da mulher na política, desafios e perspectivas profissionais, igualdade de gênero, enfrentamento à violência contra a mulher, dentre tantos outros.
Num país onde uma mulher é morta a cada duas horas, a reunião e a união de mulheres (e homens) em torno desses temas são fundamentais à construção de um país melhor.
Afinal, a Lei maior do país estabelece que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Um bom começo seria respeitar essa ordem constitucional.
*Conselheira Federal pela Seccional Rondônia
Fonte: Franciany Dandolini*