ATAQUE CIBERNÉTICO Hackers atacam OMS em meio à pandemia de coronavírus Publicada em 24/03/2020 às 09:14 Hackers de elite tentaram invadir sistemas da Organização Mundial da Saúde (OMS) no início deste mês, informaram fontes à Reuters, parte do que um importante funcionário da entidade disse ter sido um aumento de mais de duas vezes nos ataques cibernéticos contra a entidade. O vice-presidente de Segurança da Informação da OMS, Flavio Aggio, disse que a identidade dos hackers não está clara e que a tentativa de invasão não obteve sucesso. Ele alertou que as ações de hackers contra a agência e seus parceiros dispararam em meio à campanha do órgão global para combate ao coronavírus, que matou mais de 15 mil pessoas no mundo. A tentativa de invasão da OMS foi revelada por Alexander Urbelis, especialista em segurança cibernética e advogado do Blackstone Law Group de Nova York, que monitora atividades suspeitas em registros de domínios da internet. Urbelis disse que notou a atividade por volta de 13 de março, quando um grupo de hackers que ele monitorava ativou um site malicioso que imita o sistema de email interno da OMS. "Percebi rapidamente que se tratava de um ataque à Organização Mundial da Saúde", afirmou. Urbelis disse que não sabia quem era o responsável, mas duas outras fontes suspeitam de um grupo avançado de hackers conhecido como DarkHotel, que realiza operações de espionagem cibernética desde pelo menos 2007. Quando perguntado pela Reuters sobre o incidente, Aggio, da OMS, confirmou que o site descoberto por Urbelis havia sido usado na tentativa de roubar senhas de vários funcionários da organização. Os motivos do ataque não são claros. Agências das Nações Unidas, entre elas a OMS, são alvo regular de campanhas de espionagem digital e Aggio se recusou a dizer quem exatamente na entidade os hackers estavam tentando atacar. Empresas de segurança cibernética, incluindo a Bitdefender, da Romênia, e a Kaspersky, com sede em Moscou, disseram ter localizado muitas das operações do DarkHotel no leste da Ásia - uma área que foi particularmente afetada pelo coronavírus. Alvos específicos incluíram funcionários governamentais e executivos de empresas de países como China, Coreia do Norte, Japão e Estados Unidos. Costin Raiu, chefe de pesquisa e análise global da Kaspersky, não pôde confirmar que o DarkHotel era responsável pelo ataque contra a OMS, mas disse que a mesma infraestrutura maliciosa foi usada para atacar outras organizações humanitárias e de saúde nas últimas semanas. "Em momentos como este, qualquer informação sobre curas, testes ou vacinas relacionadas ao coronavírus não tem preço e é a prioridade de qualquer organização de inteligência de um país afetado", afirmou. Fonte: Agência Brasil Leia Também Hackers atacam OMS em meio à pandemia de coronavírus Opinião - Que seja logo por; Adriel Diniz Rondônia alinha estratégias para dar mais opções de pontos de vacinação contra influenza e evitar aglomerações;120 mil doses foram distribuídas aos municípios Confiança do consumidor sofre forte queda puxada por pandemia Covid-19: Timor-Leste quer decretar estado de emergência Twitter Facebook instagram pinterest