Rondônia alcança mais de 90% da taxa de cura de Hanseníase em 2019
Publicada em 09/03/2020 às 09:29Dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) mostram que o estado de Rondônia ultrapassou os 90% da taxa de cura da hanseníase estipulada pelo Ministério da Saúde, e ocupa o terceiro lugar na região Norte na detecção da doença, o primeiro é o estado do Mato Grosso, seguido por Tocantis.
Em 2018, Rondônia atingiu 89,2%. “Temos o nosso Plano Estadual de Saúde e o Sispacto que pactuam os indicadores em saúde. Uma das metas é alcançar a cura em 90% dos casos novos de hanseníase dentro do Estado. O diagnóstico precoce resulta na cura. Quanto mais rápido o paciente for diagnosticado, maior a chance de cura”, explica a diretora da Agevisa Ana Flora.
A diretora ressalta, ainda, a importância e a necessidade de realizar o tratamento completo. “A equipe realiza o acompanhamento do paciente e não pode deixar que ele abandone o tratamento. Não adianta o governo federal disponibilizar recursos para desenvolvermos as ações, se o paciente não conclui e abandona o tratamento, que é caro e tem um custo para isso”.
Para a coordenadora de Hanseníase, Albanete Mendonça, as ações desenvolvidas pela Agevisa com o acompanhamento e mapeamento dos casos, e a capacitações dos profissionais são fatores que ajudam a combater a doença. “Acompanhamos os casos durante todo o ano e intensificamos as campanhas no Janeiro Roxo, que é um movimento nacional, e 7 de julho, quando acontece o Dia Estadual de Mobilização para o Controle da Hanseníase”.
QUE É HANSENÍASE?
Historicamente conhecida como “lepra”, uma doença que também matava (ou mata) pela discriminação, principalmente gerada por sua condição de alta infectividade e mutilação, a hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Fonte: Elaine Barbosa/Secom