SAÚDE Covid-19: volume de resíduos em domicílios cai nas capitais Publicada em 23/04/2020 às 14:10 O volume de resíduos produzidos nas residências das capitais do país apresentou queda de 10% a 22% entre março e abril deste ano, de acordo com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), que fez o levantamento junto aos serviços de coleta em 10 capitais. No topo da lista aparece a região central de Belo Horizonte, onde a coleta domiciliar foi reduzida em 50% nos últimos 30 dias. Em toda a cidade a redução correspondeu a 22%. A pesquisa foi realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Recife, Porto Alegre e Natal. Em todas as cidades foi registrada uma quantidade menor de resíduos, acarretada pelo isolamento social e fatores a ele ligados, como o fechamento de lojas. A partir desta semana, a Abes acompanhará todas as capitais. Na comparação entre a segunda semana de abril e a primeira semana de março, observa-se uma redução de 16% no Rio de Janeiro, 12% em Brasília e Porto Alegre e de 10% em Fortaleza e Manaus. No caso de Recife, a análise contemplou dados de toda a Região Metropolitana, com exceção do município de Ipojuca e indicou uma queda de 7%. Já para São Paulo e Natal, a entidade ampliou o escopo da pesquisa, elaborando um comparativo anual, entre março de 2019 e de 2020. As taxas foram, respectivamente, de 2% e 20%. Segundo o diretor da Abes Seção Rio Grande do Sul, Mario Saffer, o desafio que agora se impõe, diante da pandemia, é a revisão de "hábitos capazes de racionalizar o consumo, coleta e destinação de forma sustentável”. Proteção de catadores de materiais recicláveis A coordenadora da Câmara de Resíduos Sólidos da entidade, Heliana Campos, ressaltou que uma das prioridades atuais deveria ser a proteção de trabalhadores que tem como ocupação a reciclagem de materiais. Ela defende que o Estado assegure o sustento dessa parcela da população, enquanto a pandemia durar. Conforme apurou a Agência Brasil, o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) calcula que cerca de 15% dos cooperados se enquadram em grupos de risco, por terem idade acima de 60 anos ou serem lactantes e portadores de doenças crônicas. Outro fator inerente à atividade laboral que exercem e que os torna mais vulneráveis à infecção por covid-19 é a possibilidade de contato com resíduos contaminados. Fonte: Agência Brasil Leia Também Covid-19: volume de resíduos em domicílios cai nas capitais Rede lança campanha para denunciar violações de direitos em São Paulo Correios lançam selos em comemoração ao Dia Nacional do Choro Indicadores de desempenho é apresentado para servidores de Rondônia Rondônia realiza diariamente desinfecção de locais públicos para prevenção da pandemia de coronavírus Twitter Facebook instagram pinterest