ADAPTAÇÃO Médicos se reúnem com comissão da CBF e relatam dificuldades: "Adaptar para nossa realidade" Publicada em 24/04/2020 às 15:01 Natural de Ribeirão Preto, o doutor Wilson Serbino mora há 21 anos em Porto Velho (Rondônia). De lá, participou do primeiro dos três encontros programados pela Comissão Nacional de Médicos da CBF com os respectivos profissionais de clubes. Ele atende ao Porto Velho, Genus e Rondoniense, três clubes do estado, em sua clínica particular e trabalha em diversos jogos das equipes. É um exemplo de Brasis diferentes que ficam ainda mais distantes em momentos de crise de saúde pública. A Comissão de Médicos dividiu as reuniões em três grupos de até 40 médicos - serão mais de 100 médicos nos encontros virtuais. Na primeira delas, na quarta, Botafogo, Fluminense, Vasco, Volta Redonda, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Brasil de Pelotas, Avaí foram alguns dos representados. Entre eles, o doutor Serbino participava em nome dos clubes de Rondônia. Após o encontro, ele pediu ao colega Luis Fernando Funchal, médico do Avaí e um dos idealizadores do protocolo nacional de clubes, mais informações sobre possível retorno das atividades. Recebeu a cartilha já disponível aos clubes catarinenses e com a qual a federação local tenta aprovar o retorno aos treinos dia 1º de maio e aos campos dia 16. - Como vamos cuidar de um jogador depois de um caso de Covid-19? Nunca ninguém precisou fazer isso. O Dr. Funchal compartilhou o protocolo de Santa Catarina com a gente. Vou levar para a federação aqui e mostrar o que está sendo feito nos centros maiores. Vamos tentar adaptar para nossa realidade. Até para comprar testes é uma dificuldade - comentou Serbino, por telefone. O médico do Avaí lidera as tratativas para conseguir retornar aos treinos em Florianópolis. Através da Federação Catarinense de Futebol, ele enviou protocolo para os clubes do estado e também faz cartilha para cuidados extras de jogadores no momento de retorno às atividades. >>> Comissão finaliza protocolo e aguarda aprovação da diretoria da CBF para distribuição - Foi uma reunião muito interessante porque cada um mostrou as dificuldades que estão tendo. Pouca coisa andou no sentido de ter solução porque todos estão esperando medidas dos governos, que estão estudando - comentou Funchal, que também falou à TV Avaí. Ainda há dúvidas diversas. Questões extracampo - por exemplo, precisam de autorização do governo, da prefeitura, para voltar às atividades? -, de procedimento - higienização e todos cuidados dentro dos clubes - e, claro, na compra de equipamentos. Quem vai comprar os testes? Quando vão chegar? Como vão distribuir? E os termômetros por infravermelho, quem vai bancar? - Pelo que entendi, (CBF) vai ajudar quando começar competição nacional. No primeiro momento ainda é competição estadual. Mas ninguém sabe quando vai acontecer. Tudo muito desafiador - lembrou o médico de Rondônia. Não são os clubes de Rondônia que vão precisar revezar jogadores em salas de departamento médico e higienizar os locais. Cabe a Serbino este papel. Ele atende a jogadores e também árbitros em sua clínica particular muitas vezes em troca de publicidade nas camisas. - Já teve jogo que eu trabalhei que os dois times e os árbitros tinham propaganda da minha clínica na camisa - conta. A CBF ainda não divulgou seu protocolo nacional. O documento já está pronto e aprovado há mais de uma semana, mas a troca de ministro na pasta da Saúde atrasou a publicação. Muitos pontos estão sendo discutidos nessas reuniões. Há muitas dúvidas no ar, inclusive sobre um retorno que ninguém sabe ainda quando vai ser. Fonte: Agência Brasil Leia Também Médicos se reúnem com comissão da CBF e relatam dificuldades: "Adaptar para nossa realidade" Covid-19: Mundial de Vôlei de Praia é adiado para 2022 Programa do COI aumenta ajuda aos comitês olímpicos nacionais em mais de R$ 140 milhões AJARB, há 26 anos arbitrando em Ji-Paraná Covid-19: UEFA transfere Eurocopa feminina para julho de 2022 Twitter Facebook instagram pinterest