IMUNIZANTE Rússia pede à OMS aprovação para uso emergencial de vacina contra covid-19 Publicada em 27/10/2020 às 15:16 A Rússia anunciou nesta 3ª feira (27.out.2020) que pediu à OMS (Organização Mundial de Saúde) a aprovação do uso emergencial de uma de suas vacinas desenvolvidas contra a Covid-19, a Sputnik V. Em 25 de setembro, a organização divulgou critérios para avaliar candidatas para o potencial uso de emergência. Atualmente, o imunizante está na fase 3 dos testes clínicos –a fase mais avançada. O Fundo de Investimento Direto da Rússia, que coordena a produção da vacina, apresentou pedidos para registro acelerado na Lista de Uso de Emergência e pré-qualificação do imunizante. O diretor do fundo, Kirill Dmitriev, disse que a aprovação “permitirá que a Sputnik V seja incluída na lista de produtos médicos que atendem aos principais padrões de qualidade, segurança e eficácia”. A Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya e é produzida em conjunto com o Fundo de Investimento Direto da Rússia. Foi a 1ª vacina a ser registrada contra a covid-19, em 11 de agosto. A produção, pelo Ministério da Saúde da Rússia, começou em 15 de agosto. No Brasil, o governo do Paraná firmou, em 12 de agosto, parceria para desenvolver a vacina russa. Nesta 2ª feira (26.out.2020), Alexander Gintsburg, chefe do centro de pesquisa Gamaleya, informou que 85% das pessoas que passaram pelos testes não tiveram efeitos colaterais. “Os efeitos colaterais podem ser vistos em cerca de 15% dos vacinados. Portanto, 85% dos vacinados não têm efeitos colaterais e nenhuma inconveniência com esta vacina”, disse. Estudo com resultados preliminares publicado na revista científica The Lancet mostrou que a vacina russa não teve efeitos adversos e induziu resposta imune. Há cerca de duas semanas, a Rússia anunciou o 2º registro, da EpiVacCorona, desenvolvida pelo Instituto Vector, na Sibéria. CRITÉRIOS DA OMS Em 25 de setembro, a diretora para medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da OMS, Mariângela Simão, anunciou que a entidade começaria a avaliar se vacinas ainda em teste contra o novo coronavírus podem ser liberadas sob o critério de “uso emergencial”. Eis os critérios para aprovação: vacinas que já passaram por fases 2 ou 3 de testes e que receberam autorização de uma agência regulatória nacional podem ser submetidas a avaliação; que os testes tenham sido feitos com 1 grupo controle (que recebe uma substância inativa, o placebo) e com “duplo-cego” (que é quando nem os voluntários, nem os cientistas sabem quem tomou a vacina e quem tomou o placebo); comprovação de cientistas, segundo as melhores evidências disponíveis, que o nível de anticorpos desenvolvidos pela aplicação da vacina fornece proteção contra a doença. Esse dado ainda não é conhecido pela ciência; número suficiente de participantes nos ensaios para que o estudo consiga ter ter 80% de poder estatístico (chance) de prever efeitos adversos que podem ocorrer na proporção de uma para cada mil pessoas; se a vacina precisar ser armazenada a uma temperatura inferior a 2°C, é preciso que ela possa ser mantida por, no mínimo, 6 meses em uma temperatura entre 2°C e 8°C. Por causa da emergência da covid-19, exceções a essa regra podem ser consideradas; cientistas precisam incluir dados que apontem a estabilidade da vacina se ela for armazenada a uma temperatura de 2°C a 8°C. Fonte: Poder360 Leia Também Rússia pede à OMS aprovação para uso emergencial de vacina contra covid-19 Polícia Federal usará drones para combater fraudes em eleições Contran publica requisitos para fiscalização da velocidade de veículos Presidente do TSE defende maior participação feminina na política CNJ quer estimular leitura e esporte para ressocializar presos Twitter Facebook instagram pinterest