AGRONEGÓCIO A figura do “Técnico de Inspeção”; Pujança no campo em Rondônia; Arroba do boi gordo oscilou para baixo na última semana Publicada em 11/12/2020 às 08:50 O técnico de inspeção... No Rio Grande do Sul, existe a figura do “Técnico de Inspeção”, que desenvolve suas atividades na Secretaria de Saúde, oriundos de curso médio de dois anos, equivalente ao enfermeiro, mas que prática auxilia o médico veterinário, nos frigoríficos, abatedouros, açougues, bares e restaurantes, sem o poder de multar ou determinar fechamento estabelecimentos comerciais e barracas nas feiras livres, porém com a função de orientar, preservando a saúde da população. Se um comerciante, na área de gêneros alimentícios for flagrado em desacordo com a legislação é notificado por escrito pelo “Técnico de Inspeção” dando-lhe um prazo para regularizar a situação. A partir deste ponto, caso existe reincidência ou descumprimento da ordem entra ação às esferas superiores. Via de regras, as orientações técnicas sempre são bem recebidas e cumpridas sem querelas jurídicas e gasto de tempo. Funciona que é uma maravilha. Na juventude fiz o curso de “Técnico de Inspeção” realizado na época por meio de convênio entre as secretarias de Saúde e Agricultura, mesmo já tendo me declinado profissionalmente para o jornalismo. Cumpri todos os estágios na área de saúde, animal e vegetal, nos mercados e feiras livres, além de bares e restaurantes convivendo com situações delicadas, intermediando com dialogo questões sociais diferentes, de um lado consumidores e de outros comerciantes. Não tomava partido, mas orientava conforme as aulas teóricas e praticas dentro do formato que reza a legislação. Como os demais alunos a maioria jovens, também cumpríamos plantões nas redes de supermercados e demais pontos de comercialização de alimentos. O Mercado Público de Porto Alegre comercializa de tudo funcionando 24 horas. Um sábado véspera de Natal, fui designado para cumprir ali um plantão de 12 horas das 6 da matina às 18 horas. Naqueles tempos existia uma sala com todo o conforto onde o “Técnico de Inspeção” permanecia, quando não estava visitando as tendas e barracas e outros estabelecimentos. Por volta de umas 9:00 horas o Mercadão estava lotado de clientes. Uma madame com uma sacola transportando três espécies de pescados do mar procurou o “Técnico de Inspeção” alegando que havia adquirido os pescados numa determinada banca e que ao chegar em sua residência constatou que o pescado não apresentava condições de consumo. Queria outros pescados ou dinheiro de volta. Estava diante de uma questão em que se fazia importante uma boa conversa, sem perder a autoridade, conquistando respeito de duas figuras diferentes mostrando conhecimento. Deixei a madame reclamar ouvindo também as resposta do “peixeiro”. Ele alegou que o pescado estava em boas condições no momento da aquisição, e que não podia devolver o dinheiro e nem trocar a mercadoria. Pensei: agora chegou a minha vez...! Pedi licença dizendo: “deixei-me examinar os pescados”. Ele balbuciou mas não tinha outra alternativa a não ser a violência, porém estava diante de uma autoridade sanitária que fato e direito ali era EU, apesar de ainda muito jovem. Examinei as “guelrras” dos pescados a escuridão dos olhos, além de apresentar um odor forte constatando que realmente não apresentavam condições para o consumo humano. Falei em tom educado que aqueles pescados não poderiam ser comercializados, orientando pela troca por outros com o mesmo peso e valores entregue para a madame e retire da banca estes peixes. Ele respondeu: “se eu não fizer o que vai acontecer?” Respondi firme: “Chamo a Brigada Militar, o veterinário de plantão, eles fecham tua banca te multam e ainda te levam detido...” No Sul quando se fala em chamar a Brigada Militar, os “machos borram na bombacha”. Ele chamou a madame, trocou o pescado, ela saiu feliz e ele ainda me agradeceu. Relatei este pequeno episódio, entre tantos outros que vivenciei, com objetivo de alertar as autoridades sobre a importância de uma fiscalização isenta e preparada para tratar com as complexidades da compra e venda de alimentos numa capital como Porto Velho, onde quer que se vá não se vê a figura de um agente público que oriente feirantes e consumidores, bem como em outros estabelecimentos, só aparecem para multar. A orientação e educação são muito mais importantes do que multas que geram despesas e nem sempre cumprem com suas finalidades. Investimento! No ano safra de 2020/2021, até novembro deste o Banco do Brasil aplicou no crédito agrícola em investimento, R$ 466,7 milhões, no crédito fundiário, agricultura empresarial, Pronaf agricultura familiar R$ 349,8 milhões, para estocagem e comercialização R$ 11,5 milhões, somente em números redondos para investimentos foram liberados até o final do mês de novembro R$ 466,7 milhões. Custeio! Na agricultura empresarial o Banco do Brasil, R$ 200,8 milhões e no Pronaf e agricultura familiar R$ R$ 145,6 milhões. Na composição do agronegócio em Rondônia computando somente os meses de junho a novembro de 2020, conforme explica o superintendente da instituição Edson Lemos, foram liberados em números redondos, R$ 824,7 milhões. Somados com os investimentos da safra de 2019/2020, então chega-se a soma de R$ 1,5 bilhão liberados para o estado de Rondônia. Pujança no campo ! Veja agora em números totais, incluindo os quebrados e avalie a pujança do campo em Rondônia, até quatro de 11 de novembro deste ano, com pandemia e outras crises. Fora investido em bovinos misto R$ 328.412. 292. Bovinos de carne R$ 205.707.552. Bovinos de leite, R$ 134.990.785. Na produção de soja R$ 64.805.120. Algodão 24.468.020. Milho R$ 17.262.349. Café R$ 11.713.753. Piscicultura R$ 4.624.965. Arroz R$ 1.504.238. Outros investimentos R$ 31.222.895. Somando tudo em seis meses, estes valores representam em R$ 824.711.969 milhões, por isso o agro não pode parar em Rondônia. Oscilou...! Arroba do boi gordo oscilou para baixo na última semana nas maiores praças do País. Em Rondônia, arroba foi comercializada por R$ 232,50 a vista e R$ 234,50 com 30 dias de prazo. Uma queda de 9,11%, no entanto, nos açougues e gôndolas de supermercados o consumidor ainda não sentiu essa diferença, o churrasco do Papai Noel continua salgado. Até a próxima Como relata a paca escrita no final da carroceria do caminhão de carga: se parar o banco toma, se correr o guarda pega. Na outra placa lia-se o seguinte numa jamanta carregada de suínos, não sou Gremista, mas carrego a torcida. Boa leitura e bom final de semana, não esqueçam usem máscara e evitem aglomerações o coronavirus, continua sem dar tréguas. Fonte: José Luiz Alves Leia Também A figura do “Técnico de Inspeção”; Pujança no campo em Rondônia; Arroba do boi gordo oscilou para baixo na última semana Banco do Brasil lança renegociação de parcelas do Fies em atraso Caixa paga hoje auxílio emergencial para nascidos em novembro Ministro Pazuello garante apoio contra a COVID-19 em Ji-Paraná; e diminuição na conta da Energisa é vitória de grupo Santa Luzia d'Oeste vai ter Natal diferente este ano Twitter Facebook instagram pinterest