BUTANTANVAC Butantan anuncia vacina própria contra Covid, com produção 100% nacional Publicada em 26/03/2021 às 09:29 O Instituto Butantan anunciou a criação da Butanvac, nova candidata a vacina contra a Covid-19, e disse que pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta-feira (26) para iniciar os estudos clínicos em voluntários. Resumo do anunciado pelo Butantan: Os testes podem começar em abril se a Anvisa autorizar A fabricação começa em maio, e 40 milhões de doses estarão disponíveis a partir de julho, mas dependem de aval da Anvisa para serem usadas A tecnologia é a mesma da vacina da gripe A vacina já leva em conta a variante brasileira, a P1 A promessa é a de que a vacina produza uma resposta imune maior que as vacinas atuais "Protocolaremos esse material ainda hoje e vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clínica e iniciar a produção", afirmou o diretor do Instituto, Dimas Covas. Entenda ponto a ponto a vacina contra a Covid-19 produzida pelo Butantan A expectativa do Instituto é a de que, uma vez obtida a autorização, os testes possam ser realizados já em abril. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que autorizou o início da produção em maio e projetou o início da vacinação em julho deste ano. Dimas Covas defende que a vacina faz parte de uma nova geração de imunizantes, e acredita que a fase de teses possa ser mais rápida, o que permitiria iniciar a vacinação no curto prazo. "Nós aprendemos com as vacinas anteriores, já sabemos o que é uma boa vacina contra a Covid-19. Essa será uma vacina de segunda geração, mais imunogênica", disse o diretor. Entretanto, as doses só poderão ser usadas após liberação da Anvisa. Pedido para fases 1 e 2 de testes Segundo Dimas Covas, a Butanvac começou a ser produzida há exatamente um ano, em 26 de março de 2020. O imunizante foi desenvolvido com matéria-prima brasileira e a mesma tecnologia usada na vacina da gripe. A vacina foi produzida em ovos e se utiliza da estrutura básica de um vírus que infecta aves. O vírus é modificado geneticamente e desenvolve a proteína S, que o coronavírus usa para infectar as células humanas. Dimas Covas defendeu que o desenvolvimento já levou em conta a variante brasileira, P1, e que o imunizante demonstrou oferecer uma resposta imune maior do que as vacinas atuais. Butanvac usa tecnologia 100% nacional O diretor do Butantan afirmou que a vacina foi enviada para outros países na fase pré-clínica, e que os testes feitos em animais na Índia apontaram resultados excelentes. Entretanto, nenhum detalhe dos estudos foi apresentado durante a coletiva de imprensa. O Instituto também não destacou quem será o público-alvo dos testes clínicos realizados no país caso a Anvisa aprove. O governador João Doria (PSDB) disse que, além da Anvisa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também receberá nesta sexta todas as informações da Butanvac, para que acompanhe o desenvolvimento dos testes clínicos desde o início. O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, até 9.000 pessoas irão participar e a etapa vai estipular a eficácia. O objetivo é encerrar os testes e ter 40 milhões de doses da vacina prontas antes do final de 2021. Dimas Covas explica que Butanvac é usa vírus modificado e a proteína S do coronavírus A Butanvac também passará pela primeira fase de testes no Vietnã e na Tailândia. O Instituto participa de um consórcio e produzirá no Brasil um grande quantitativo de doses. Além de atender à demanda nacional, o compromisso é fornecer a vacina para países de baixa renda. Que vacina é essa? Coronavac Atualmente, o instituto é responsável pela etapa final de produção da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan. A partir do segundo semestre, o Instituto dever nacionalizar a fabricação, com o término da construção da fábrica que será destinada ao imunizante. O Instituto afirma que o desenvolvimento da nova vacina não irá alterar o cronograma da Coronavac, pois as produções são realizadas em fábricas diferentes. Candidatas a vacinas no Brasil O Brasil tem, ao menos, 11 projetos de candidatas a vacina contra a Covid-19, de acordo com levantamento do G1. Todos estão sendo desenvolvidos em universidades e instituições de pesquisa públicas do país. A pandemia já matou mais de 300 mil brasileiros. A imunização vai a passos lentos no Brasil. Balanço da vacinação aponta que 14.074.577 pessoas já haviam recebido a primeira dose nesta quinta-feira. O número representa 6,65% da população brasileira. Fonte: G1 Leia Também Butantan anuncia vacina própria contra Covid, com produção 100% nacional Mais 18 pacientes com Covid-19 de Rondônia são transferidos para tratamento no Amazonas Não importam quantos mortos tenhamos; Rondônia precisa de mais vacina; Bolsonaro virá em breve No Senado, Tereza Cristina fala em regularizar 130 mil terras em 2021 Salve 25 de março dia do Oficial de Justiça - Mensagem do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário - SINJUR Twitter Facebook instagram pinterest