Controvérsias sobre a eficiência do lockdown, entrega de cinco pães custa CR$ 7, cestas básicas atendem melhor as famílias carentes que ovos de Páscoa

 Cacoal – O prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD) foi muito criticado, porque se manifestou publicamente, há dias, que é contra o lockdown. De terça-feira (23) a ontem (24), Rondônia, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), contabilizou 54 óbitos, número mais elevado desde o início da pandemia no Estado. E Cacoal não teve nenhum. E realmente o problema não está somente no fechamento total do comércio, com a opção do delivery, mas nos abusos das pessoas irresponsáveis, que insistem em não cumprir o protocolo mínimo como a utilização de máscaras, álcool em gel, lavagem constante das mãos e se evitar aglomerações. As festas de finais de semanas continuam, mesmo com a fiscalização agindo com eficiência. E os índices de contaminações e óbitos sobem a cada dia. Cacoal, até ontem tinha 135 óbitos e Ariquemes, municípios de praticamente o mesmo porte populacional, 292. Será que o prefeito Fúria está errado?  

Controvérsias – É comum encontrar nas redes sociais e também no noticiário cabuloso da maioria da “grande imprensa”, a informação distorcida, fora da realidade e sem compromisso com o leitor, ouvinte, telespectador, internauta. A velha máxima de que o cachorro morder uma pessoa é normal e não merece manchete, mas se a pessoa morder o cachorro é assunto de capa, manchete tem sentido. E tem também as redes sociais com a maioria de notícias falsas. A situação provocada pelo coronavírus no mundo é realmente grave e merece menos animosidades entre membros de direita e esquerda e mais sensatez, de quem está à frente da situação. É comum médicos e cientistas renomados recomendando publicamente um determinado tratamento, remédios deixando as pessoas, ainda, mais confusas e assustadas.  

Controvérsias II – Circula pelas redes sociais vídeo de indignação de um cidadão da Paraíba com o lockdown em sua cidade. Segundo ele, não há como comprar pão na padaria, que fica a poucas quadras da sua casa. Para poder ter o alimento ele tem que pagar diariamente R$ 7 pela entrega de cinco pães. Se ele não pode se deslocar até a padaria para comprar o pão, quem prepara a massa, leva ao forno, embala-o e coordena a entrega está imunizado, pode trabalhar? O mesmo caso ocorre com os supermercados, que nunca fecharam, mas em várias cidades do Paraná, por exemplo, tudo fecha as portas a partir de hoje (25) e só reabrem na segunda-feira (29), mas as pessoas podem comprar por aplicativos. Os supermercados e os demais comércios, que atendem no delivery não utilizam pessoas para separar, embalar e encaminhar as mercadorias? O mesmo caso para os restaurantes com cozinheiros, chefes de cozinha, atendentes. É um momento muito estranho.  

Cestas – Como o coronavírus vem provocando, além de óbitos pelo planeta também enorme abalo na economia, o apoio às famílias sem condições de acesso ao alimento é fundamental. A iniciativa da deputada estadual Cássia Muleta (Podemos-Jaru) em destinar emenda parlamentar de R$ 500 mil em cestas básicas e kits higiene, para distribuição a famílias carentes em vários municípios é da maior importância. Muitas pessoas estão sem trabalhar devido a pandemia e a cada dia aumenta o número de famílias em situação de fome, porque não tem como adquirir alimentos, uma pobreza extrema. A ação comunitária de Cássia poderia ser seguida por outros políticos, pois a condição de fome de muitas famílias em razão do covid-19 é real e preocupante.  

2022 – As eleições do próximo ano, ainda, estão indefinidas. Em 2020 o coronavírus provocou o adiamento de outubro para novembro e discutiu-se até o cancelamento e prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores para coincidir com as eleições gerais de 2022, quando serão eleitos presidente da República, governador e seus vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. As convenções partidárias, para escolha dos candidatos estão marcadas para o período de 20 de julho e 5 de agosto do próximo ano. Caso não ocorra mudanças temos cerca de um ano e quatro meses para escolha dos candidatos. O prazo parece distante, mas não é. A realização de eleições gerais exige empenho dos dirigentes partidários no preparo dos seus grupos para enfrentar as urnas e em Rondônia a movimentação nos bastidores é grande.  

Respigo  

Nas últimas duas semanas a Polícia Federal (PF), realizou operações em Rondônia paralelamente a outros estados. Aos poucos nossa polícia de elite vai marcando presença no Estado, mas há expectativa de uma operação-monstra para um futuro não muito distante +++ Enquanto a deputada Cássia Muleta destina parte de suas emendas parlamentares para alimentar o povo, na compra de cestas básicas, o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV) adquire ovos de Páscoa para distribuir à população. O chocolate também é alimento, mas um complemento e, certamente as famílias ficariam bem mais felizes com uma cesta básica e materiais de limpeza +++ Muitas reclamações sobre a situação do piso da BR 364, principal rodovia federal de Rondônia. Estamos em período de safra de grãos (soja), inclusive de parte do Mato Grosso com enorme movimento de veículos pesados (carretas, bitrens, treminhões) e o trecho entre Porto Velho a Vilhena (cerca de 700km) precisa de reparos urgentes devido aos buracos +++ Mais um período de inverno amazônico (chuvas) está terminando e a nossa bancada federal, e também a do Acre, não se movimentam para pressionar o governo federal a restaurar a importante rodovia. Certamente teremos no verão amazônico (seca) o solerte “tapa-buracos”, que ameniza por uns meses, mas no inverno a buraqueira toma conta da pista, que foi construída na década de 80, não suporta o tráfego atual e precisa de restauração e não de tapa-buracos.