OPINIÃO Metido a curandeiro, Cassol, visto por alguns como salvador da Pátria, testa solda contra o Coronavírus e vira piada em Rondônia Publicada em 23/03/2021 às 09:25 Porto Velho, RO – O ex-governador e ex-senador da República Ivo Cassol, irmão da deputada federal Jaqueline, de mesmo sobrenome, ambos no Progressistas, encontrou numa espécie de curandeirismo fajuto o melhor meio de propaganda política antecipada, isto vez que se vê de qualquer jeito no pleito de 2022. E ele tem apoio. Nas veiculações sobre política, grande parte da audiência virtual clama pelo seu nome como se fosse o grande salvador da Pátria, o redentor da sociedade, o alecrim dourado [gíria de Internet] capaz de contornar o caos econômico e a atrocidade sanitária criada pelo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2). Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de fraude em licitação em relação a questões ocorridas ainda enquanto prefeito de Rolim de Moura, há pouquíssimo tempo cumpria pena alternativa lambendo os dedos e carimbando páginas de documentos do Corpo de Bombeiros em sua cidade. Até hoje, obviamente, como quase todos os arquétipos sentenciados pelas mesmíssimas coisas, alega inocência e perseguição institucional. Cassol de fato alcançou popularidade logo após a administração de José de Abreu Bianco por ter sido responsável por reintegrar os demitidos pelo antecessor, criando, a partir dali, um mito espectral no entorno da própria figura especificamente a respeito de sua pretensa benevolência e hipotético apreço pelo funcionalismo público. Quando congressista, teve atuação tão ínfima e apagada que a maior relevância em cenário nacional foi quando apareceu no Programa do Ratinho ao lado do então colega Jair Bolsonaro, à época deputado federal, defendendo a fosfoetanolamina – a malfadada Pílula do Câncer –, cuja eficácia já fora descartada cientificamente. Em suma, esse caráter puçanguara de Cassol não é de hoje: sem ter o que mostrar no mundo real e de modo empírico, o ex-chefe do Executivo estadual apela ao desespero do ser humano, que, no meio da pandemia, vivenciando este ano o seu auge no País, se apega a quase qualquer coisa fazendo jus ao seu instinto primitivo de sobrevivência. Aí surge uma autoridade do passado, com ainda bastante influência social, fazendo um experimento de cura. E com o quê? Com solda... Pois é. O vídeo viralizou e a galera não perdeu tempo em fazer chacota. E com toda a razão do mundo. Como não poderia deixar de ser, Cassol virou piada pelo teste empreendido; Ivo agora é Cassolda, por exemplo, e é daí para pior. Entretanto, o fundo do poço não é a atitude em si; o aterrador é perceber que há adesão, a despeito de ínfima, e, lá pelas tantas, o comportamento vai ser multiplicando. Um dos memes gerados com o vídeo ridículo de Cassol / Reprodução-WhatsApp Logo, o juremeiro Cassol, metido a xamã, vai, de pouco em pouco, recrudescendo junto a migalhas de incautos a imagem de liderança esfacelada ao longo dos anos, se alimentando do medo e da ignorância, e tornando-se, a passos tímidos, alguém a ser percebido. É uma vitrine perigosa que precisa ser quebrada pela tijolada de inteligência, da coerência, do cientificismo, do conhecimento e da medicina. No mundo ideal esse tipo de apologia daria cadeia, mas, como diz Dominic Toretto em Velozes e Furiosos 5, bem, aqui é o Brasil!!!!! Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Controvérsias sobre a eficiência do lockdown, entrega de cinco pães custa CR$ 7, cestas básicas atendem melhor as famílias carentes que ovos de Páscoa Vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Coronel Chrisóstomo, se reúne Carla Zambelle para traçar metas Deputado Anderson realiza entrega oficial de centrais de ar condicionados para atender policiais penais Deputado Adelino Follador pede a Seagri e Sefin mais transparência na gestão dos recursos do Proleite Deputado Federal Expedito Netto se reúne com representantes de Buritis e anuncia R$ 1,5 milhão em recursos para o município Twitter Facebook instagram pinterest