PROTESTOS Irlanda do Norte. Primeiros-ministros britânico e irlandês apelam à calma Publicada em 08/04/2021 às 16:24 "Sublinhando que a violência é inaceitável, ambos apelaram à calma", indicou Dublin em comunicado após um contacto telefónico entre os dois chefes de Governo. Em Washington, a Casa Branca também manifestou inquietação face aos distúrbios na Irlanda do Norte e apelou à calma. "Estamos inquietos pela violência da Irlanda do Norte", declarou Jen Psaki, porta-voz do executivo norte-americano, acrescentando que Washington se junta aos apelos à "calma" emitidos por Boris Johnson e Micheal Martin. Previamente, a Comissão Europeia também condenou "nos termos mais fortes possíveis" os distúrbios que ocorreram nos últimos dias na Irlanda do Norte, apelando a que os envolvidos se "abstenham imediatamente" dos "atos de violência". Segundo a polícia, os confrontos dos últimos dias na Irlanda do Norte provocaram 55 feridos entre os agentes. No último incidente, que ocorreu na quarta-feira à noite durante uma manifestação, alguns manifestantes atacaram a polícia com bombas feitas com gasolina na área protestante de Shankill Road, enquanto outros atiravam objetos em ambas as direções sobre o "muro da paz", que separa Shankill Road de uma área nacionalista irlandesa vizinha. Estas manifestações de violência na quarta-feira à noite seguiram-se aos distúrbios ocorridos durante o fim de semana da Páscoa em áreas dentro e ao redor de Belfast e Londonderry, com carros incendiados e ataques contra polícias. As autoridades acusaram grupos paramilitares ilegais de incitar os jovens a causar confusão. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou os distúrbios, pedindo calma e dizendo que "a maneira de resolver as diferenças é por meio do diálogo, não da violência ou da criminalidade". Também o Governo da Irlanda do Norte, através de um comunicado, condenou as violências, considerando-as "completamente inaceitáveis e injustificadas" e mostrando-se "gravemente preocupado" com a situação. A violência recente, em grande parte em áreas pró-britânicas, aumentou devido a tensões crescentes sobre as regras comerciais pós-'Brexit' para a Irlanda do Norte e piorou as relações entre os partidos no Governo de Belfast, compartilhado entre católicos e protestantes. O novo acordo comercial entre Londres e o bloco comunitário impôs controlos aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido. O acordo foi elaborado para evitar controlos entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, um membro da UE, uma vez que uma fronteira irlandesa aberta ajudou a sustentar o processo de paz construído pelo Acordo de Sexta-Feira Santa em 1998, que terminou na altura com três décadas de violência que provocaram mais de 3.00 mortes. Mas, os unionistas têm argumentado que estes novos controlos equivalem a uma nova fronteira no mar da Irlanda entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, defendendo o abandono do acordo. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Irlanda do Norte. Primeiros-ministros britânico e irlandês apelam à calma EUA sancionam sete empresas chinesas por ameaça à segurança interna Neta de Euro Tourinho, presidente da Ameron se emociona em homenagem póstuma ao avô Cabo Verde com novo recorde de 208 infetados em 24 horas Crise humanitária está próxima de "atingir 800 mil pessoas" Twitter Facebook instagram pinterest