OBRIGATORIEDADE Administração pública argentina é obrigada a contratar transexuais Publicada em 25/06/2021 às 08:38 O Parlamento argentino aprovou lei que obriga o Estado a reservar pelo menos 1% das vagas na administração pública para travestis, transexuais e transgêneros e cria incentivos fiscais para que empresas privadas sigam o mesmo caminho. A denominada "lei trans" de inclusão laboral, que cria um sistema de cotas obrigatórias para o coletivo trans (travestis, transsexuais e transgêneros), foi aprovada pelo Senado, depois de ter passado pela Câmara de Deputados, com 55 votos a favor, apenas um voto contra e seis abstenções. Mais do que discutir cotas laborais para travestis, transexuais e transgêneros, a lei define que esse coletivo começará a ter direitos humanos. A medida visa a compensar tanta dor e tanto desamparo durante décadas", resumiu a senadora Norma Durango, uma das apoiadoras das novas regras para as contratações na administração pública. Críticos do projeto questionaram o fato de o Estado não promover as contratações por capacidade e competência e a prioridade do tema numa agenda pública, que devia passar pelas urgências sanitárias e econômicas do país. "Talvez este não seja o momento adequado, mas quando foi? Quanto tempo mais será necessário esperar para que essas pessoas tenham uma vida digna?", questionou Durango. "O objetivo da lei é que essa população possa melhorar a qualidade de vida", acrescentou o senador Carlos Lovera. Durante a jornada legislativa com discursos emocionados, os senadores destacaram que a esperança de vida para as pessoas trans é de 40 anos e apenas uma em cada dez pessoas têm um trabalho legítimo. "Hoje começamos a escrever outro capítulo da história. O nosso coletivo poderá ter emprego formal e decente. E poderá também transformar uma sociedade que, historicamente, associou e confinou os travestis à prostituição e à criminalidade", congratulou-se a presidente da Convocação Federal Trans Travesti, Claudia Vásquez Haro. A nova lei, além de criar um patamar mínimo de 1% de vagas para pessoas trans, considera os fatores sociais de vulnerabilidade para esse segmento. A nova legislação também indica que antecedentes "penais irrelevantes" não poderão ser impedimentos para a contratação e que a cota trans terá prioridade nas contratações do Estado. Por outro lado, a lei cria ferramentas para incentivar o setor privado a contratar funcionários trans. As contribuições patronais geradas com a contratação de pessoas trans poderão ser deduzidas nos impostos. Além disso, por meio da banca pública, o Estado vai conceder créditos a taxas subsidiadas para empresas que contratarem travestis, transexuais e transgêneros. Fonte: Agência Brasil Leia Também Administração pública argentina é obrigada a contratar transexuais PERCERIA - Plural Saúde e Unimed Porto Velho oferecem plano de saúde com rede de assistência médica completa e menor custo benefício da região Norte. Coronavírus: Rondônia registra 23 óbitos e 810 casos nas últimas 24 horas; números atualizados Presidente da Câmara de Vereadores mantém homem detido em sua casa, aciona a polícia e denuncia tentativa de extorsão Médicos e enfermeiros são treinados para atuar na atenção básica na zona rural e distritos Twitter Facebook instagram pinterest