ASSISTÊNCIA Maternidade Municipal de Porto Velho é referência no acolhimento de mulheres vítimas de violência sexual Publicada em 19/08/2021 às 13:10 A Maternidade Mãe Esperança se converteu, nos últimos anos, em um espaço de referência em acolhimento a mulheres submetidas a violência sexual. O atendimento, que faz parte das prioridades da Prefeitura Municipal, é destinado a acolher e tratar as vítimas com equipe multidisciplinar. O serviço acolhe mulheres acima de 12 anos. Profissionais fazem o primeiro atendimento pós-estupro, receitando e aplicando a medicação profilática. Karigina Gomes é assistente social e trabalha na maternidade há 14 anos. Ela recomenda o acolhimento precoce e explica que a vítima precisa procurar o quanto antes um serviço de saúde. “Aqui, administramos as medicações para prevenir infecções e doenças, além de oferecer a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada”, diz ela. Em alguns casos, o abuso resulta em gravidez indesejada. Nestas situações, a unidade conta com profissionais capacitados e autorizados a realizar, dependendo de alguns fatores, a interrupção da gestação. Uma das possibilidades é a autorização judicial. “A interrupção só ocorre até a 12ª semana de gestação, desde que a data da violência seja compatível com o período gestacional. A vítima é atendida por uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, psicólogo, médicos e enfermeiros”, explica Karigina. ENTRADA O fluxo de atendimento ocorre através de livre demanda ou encaminhamento por redes que registram e apuram denúncias envolvendo violência sexual, como a Delegacia da Mulher, Ministério Público, entre outros. “Aqui identificamos a realidade social da vítima. Se ela é vítima de abuso crônico, se está correndo risco de vida e se o abusador está na família”, afirma a assistente social. Em alguns casos, a Maternidade pode contar com o apoio e parceria de outros serviços da Prefeitura, habilitados a oferecer um abrigo provisório e assistência social. “É muito importante entender que os traumas de um abuso sexual não terminam com o ato. Eles seguem, através do estresse pós-traumático e até pensamentos suicidas. Elas jamais esquecerão, mas é possível fazer com que consigam lidar com isso e seguir em frente”. NOTIFICAÇÃO Em 2019 foram realizados 85 acolhimentos de vítimas de abuso sexual. Destes, nove resultaram em interrupções de gestação. Em 2020, a Maternidade fez 65 acolhimentos e sete interrupções. Até agosto de 2021, o serviço registrou 23 casos e cinco interrupções. “Muitas mulheres não sabem que o Município oferece este serviço. Outras não denunciam, seja por medo, vergonha ou temor de represálias. Por trás dos números há muitas histórias tristes, mas com possibilidade de recuperação”, resume a assistente social. Fonte: Assessoria/Prefeitura Leia Também Funcer promove exposição virtual “Coletivo do Porto” com participação de artistas de Rondônia, nesta sexta-feira (20) Maternidade Municipal de Porto Velho é referência no acolhimento de mulheres vítimas de violência sexual DER inicia operação tapa-buracos nos 25 quilômetros da Rodovia 010, que interliga Rolim de Moura ao distrito de Nova Estrela No mês nacional do Patrimônio Histórico, Funcer transmite série de podcasts pelo “Minuto do Patrimônio” Em Porto Velho, Maternidade Municipal Mãe Esperança é referência no incentivo ao aleitamento materno Twitter Facebook instagram pinterest