MIGRAÇÃO IRREGULAR Chile inicia mobilização de militares para controlar migração irregular Publicada em 16/02/2022 às 15:05 Mais de 600 militares foram enviados nesta quarta-feira (16) para colaborar com a polícia no controle da migração irregular em quatro províncias do norte do Chile, fronteiriças com Bolívia e Peru, com base no estado de exceção decretado pelo governo. A medida contempla o envio de 672 militares e mais 100 policiais para o controle das fronteiras com Bolívia e Peru nas províncias de Arica, Parinacota, Tamarugal e El Loa, por onde milhares de migrantes, principalmente venezuelanos, atravessam a pé desde o ano de 2020 por passagens clandestinas e inóspitas, que atingem os 4.000 metros de altitude. O estado de exceção tem duração de 15 dias, e o governo poderá ampliá-lo por mais 15 dias. A medida permitirá patrulhas policiais e militares, estabelecer postos de observação; utilização de aviões não tripulados, drones e helicópteros para vigilância e transporte, além do uso de câmeras de visão noturna e térmicas apoiados por equipamentos modernos de comunicação via satélite. "Sim à migração legal, sim aos que chegam dizendo a verdade em nossas fronteiras [...] Não à imigração ilegal, não àqueles que chegam enganando ou faltando com a verdade, usando documentos falsos, atravessando passagens não habilitadas", disse o presidente chileno Sebastián Piñera, após anunciar, na capital Santiago, o início da mobilização de militares. O estado de exceção é uma das medidas que o governo estabeleceu com os sindicatos de caminhoneiros para que estes suspendessem os bloqueios que realizaram no fim de semana em regiões do norte e do centro do Chile, em protesto pela morte de um companheiro durante um incidente com estrangeiros, no meio de uma crise migratória nessa região, que também provocou protestos de moradores locais. A localidade andina de Colchane, na fronteira com a Bolívia, é a passagem mais utilizada por estrangeiros para entrar no Chile e onde 23 migrantes morreram no último ano. Os que conseguem chegar a cidades chilenas, se instalam em barracas ou praças, ou ficam caminhando à deriva pedindo ajuda. Abrigos para migrantes instalados em Colchane pelo governo foram demolidos. Além disso, o complexo fronteiriço foi fechado após a entrada em vigor de uma nova lei de migração que permite 'reconduzir' à fronteira os migrantes irregulares. "Já foram feitas mais de 100 reconduções e vamos seguir com elas", assinalou Piñera. Fonte: AFP Leia Também Chile inicia mobilização de militares para controlar migração irregular Escola Petrônio Barcelos vai ser transformada em Colégio Militar do Corpo de Bombeiros de Rondônia Terremoto de magnitude 6,2 atinge o sul da Guatemala STJ nega arquivamento de ação penal pela morte do menino Miguel Butantan entrega amanhã 10 milhões de doses da CoronaVac Twitter Facebook instagram pinterest