POLÍTICA Presidente do Equador considera 'nociva' dívida com China atrelada ao petróleo Publicada em 09/02/2022 às 15:44 O presidente do Equador, Guillermo Lasso, chamou nesta quarta-feira (9) de "nociva" uma parte da dívida com a China que está vinculada ao pagamento com petróleo, que foi contraída pelo governo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017). Pouco mais de 2 bilhões de dólares, de um total de 4,6 bilhões em dívidas com Pequim, "estão vinculados a um acordo de comercialização de petróleo, que prejudica os interesses do Equador", declarou o presidente em entrevista a jornalistas da mídia local. "Precisamos renegociar a dívida com a China", acrescentou Lasso, que na semana passada visitou Pequim e se reuniu com seu colega Xi Jinping para promover um acordo de livre comércio entre as duas nações e a reestruturação do passivo. O ministro da Economia, Simón Cueva, havia indicado antes da viagem que a dívida com a China era de cerca de 5,2 bilhões de dólares. O total do passivo externo do Equador era de quase 47 bilhões de dólares (44,5% do PIB) até novembro. "Pedi (ao presidente chinês) que nos sentássemos para renegociar a dívida, dar um tempo à economia equatoriana, para estender os prazos, baixar as taxas de juros e desvincular esse contrato de comercialização de petróleo", disse Lasso. Ele ressaltou que não está em seus planos aumentar o endividamento com o país asiático. "Não pretendemos obter mais financiamentos com a China ou com qualquer outra organização internacional. Temos as contas em ordem para o ano de 2022", comentou. Durante o governo Correa, a China tornou-se o principal credor de Quito. Com seu financiamento, megaprojetos foram construídos no país sul-americano por empresas chinesas como a hidrelétrica Coca Codo Sinclair, que apresentou problemas assim que entrou em operação. A China, com a qual o Equador pretende assinar um acordo de livre comércio ainda este ano, é o maior credor de Quito em termos de dívida entre países, com 12% do total. Lasso espera fechar a negociação do acordo comercial em outubro, o que permitiria ao país sul-americano ampliar seu mercado de exportação em US$ 1 bilhão por ano. Entre janeiro e novembro de 2021, as vendas de produtos equatorianos ao mercado chinês totalizaram 4,5 bilhões de dólares e as compras 3,2 bilhões, segundo os dados mais recentes do Banco Central local. Fonte: AFP Leia Também Presidente do Equador considera 'nociva' dívida com China atrelada ao petróleo UE convida Rússia para diálogo sobre segurança na OSCE Diretora do Memorial do Holocausto de Paris considera 'chocante' ideia de partido nazista no Brasil MPF recomenda que Universidade Federal de Rondônia adote bônus estadual na seleção de medicina Índice Nacional da Construção Civil sobe 0,72% em janeiro Twitter Facebook instagram pinterest