Colheita da soja termina com média de produtividade superior a 70 sacas por hectare e safra reflete no comércio

A colheita de soja acaba de ser concluída na região de Cerejeiras. A expectativa de que seria uma excelente colheita se confirma agora, que os cálculos pós-safra estão sendo feitos.

Segundo o vice-presidente do Sindicato Rural de Cerejeiras e plantador de soja, Jair Roberto Gollo, a produtividade da oleaginosa superou as expetativas. “Esperávamos uma média de 65 a 75 sacas por hectare. Mas a produtividade média passou de 70 sacas por hectare”, disse o produtor numa entrevista recente ao site Notícias Agrícolas, do Sul do Brasil.

No final do ano passado, o plantio da soja foi adiado por causa do atraso das chuvas. Neste ano, na colheita, em fevereiro e março, teve dias muito chuvosos, o que atrapalha um pouco o trabalho. Mesmo assim, essas variações climáticas não afetaram a produtividade total do grão na região de Cerejeiras.

O preço da soja também está bom, mesmo com a ligeira queda do dólar nestes últimos dias. Nesta semana, a saca do grão estava sendo vendida a R$ 180 em Cerejeiras.

É verdade que produtividade não quer dizer, necessariamente, rentabilidade, pois tudo depende do custo, ou seja, de quanto o produtor gasta para produzir cada hectare de soja. Mas a rentabilidade da oleaginosa na região de Cerejeiras foi boa para o produtor, pois os insumos desta safra foram adquiridos antes da subida absurda de preços dos fertilizantes, para citar um caso, por conta da guerra na Ucrânia.

A comercialização da soja produzida na região foi feita a maior parte de forma antecipada. “Cerca de 80% já tinha sido comercializada pelo produtor quando foi colhida”, disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Cerejeiras ao site sulista.

Durante os três meses que durou, de janeiro a março, a safra de soja movimentou a economia local em Cerejeiras. Segundo estimativas de comerciantes ouvidos pelo FOLHA DO SUL ONLINE, o comércio teve um aquecimento na casa dos 30%.