ARTIGO Os combustíveis estão baratos Publicada em 16/03/2022 às 10:04 Professor Nazareno* Com o último aumento do preço dos combustíveis, a chiadeira no Brasil inteiro foi geral. Até aí, nenhuma novidade, pois sempre que a Petrobras anuncia um novo aumento, todo mundo reclama só nos primeiros dias e depois aceita tranquilamente a realidade e paga sem mais reclamar pelo reajuste. A paulada agora foi de quase 20 por cento para a gasolina, 25% para o diesel e 16% para o botijão de gás de 13 quilos. Muitas autoridades, que geralmente não pagam para abastecer seus carros, fingem ficar muito preocupadas com a majoração. Fazem reuniões, inventam auxílios disso e daquilo, convocam assessores, fazem discursos inflamados e depois tudo volta à normalidade pelo menos até o próximo aumento. O que muita gente não sabe é que o preço atual dos combustíveis está bem abaixo do que em outros anos. Senão vejamos: O preço médio de um litro de gasolina hoje, por exemplo, está por 7,80 reais depois desse aumento. Em 2004, época em que o Lula e o PT governavam o país, o preço de um litro de gasolina era em média 1,98 reais. Pois bem, o salário mínimo do Brasil atualmente está 1.212,00 reais. Em 2004 o menor salário era 260,00 reais. Um salário mínimo de hoje dá para comprar quase 156 litros do combustível. Em 2004 só compraria 130 litros, ou seja, bem menos. Para equiparar os preços de hoje aos de 18 anos atrás, o justo seria cobrar agora pelo menos 9,22 reais pelo litro da gasolina. Com a botija de gás de 13 quilos aconteceu a mesma coisa. Em 2004 ela custava 30,47 reais, por isso hoje deveria estar custando pelo menos 150 reais. O brasileiro reclama de tudo. Se a gasolina fosse de graça, todos iriam reclamar que não estão levando até suas casas. O maior problema, no entanto, é o salário que não aumenta com essa mesma frequência. Além do mais, as desculpas dadas convencem cada vez mais os fanáticos,que são seguidores desse ou daquele político. Antes, os combustíveis estavam caros por causa da pandemia, agora é por causada atual guerra na Ucrânia. E o drama só aumenta em um ano de eleições como este que estamos vivendo. Temos um presidente muito fraco, dominado e incompetente. Bolsonaro já disse que não manda na Petrobras e que nada pode fazer pelos brasileiros. Aumenta a gasolina, aumentam automaticamente todos os outros produtos e assim a inflação perde o controle. Parece até que a Petrobras não é do povo brasileiro e sim dos acionistas e dos investidores internacionais.Mas se o salário mínimo do Brasil fosse alto e tivesse um poder aquisitivo maior, ninguém falava. Todo governante deveria estar preocupado com o povo que o elegeu e não permitir os abusos de estatal nenhuma. Porém, nem Lula nem Bolsonaro, nem nenhum outro presidente, se preocupou com os mais pobres. Nunca houve um governo no Brasil em que os ricos e poderosos não se beneficiaram e foram privilegiados. Eles geralmente se preocupam somente em se manter no poder. Lula e o PT saquearam a Petrobras. Todo mundo sabe disto. Já o Bolsonaro deu poderes demais a ela. E a situação fica sem comando. Se a Petrobras derrubou Lula e o PT, ela pode “não permitir” a reeleição do “Bozo”. O fato é que não se podem aplaudir os preços exorbitantes dos combustíveis. Muito menos “livrar a cabeça” desses políticos. Isso se chama mau-caratismo, pois raroscidadãos são acionistas da estatal. Cozinhar a lenha, andar a pé e passar fome será a nova realidade de muita gente pobre. O presidente devia abastecer o carro num posto. *Foi professor em Porto Velho Fonte: Professor Nazareno Leia Também R$ 400 mil para São Miguel do Guaporé são assegurados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano Professor Nazareno, o mais polêmico da Região Norte, ironiza: “Os combustíveis estão baratos” “R$ 10,00, seu viado” – Justiça anula sentença contra mercado que vendeu carne com ofensa a cliente ESBR, responsável por Jirau, é o 2º maior empreendimento multado na Amazônia Crispin também cotado para o TCE de Rondônia; e Rocha fala sobre parceria com Hildon e fim do uso de máscaras Twitter Facebook instagram pinterest