"CARTEIRADA" Vereador que queria “tratamento diferenciado” ao ser abordado e ameaçou PMs em Rondônia é condenado à cadeia Publicada em 21/06/2022 às 09:39 Ilustrativa Porto Velho, RO – A juíza de Direito Larissa Pinho de Alencar Lima, da 1ª Vara Criminal de Ariquemes, condenou o hoje ex-vereador de Cujubim Adeilton Carlos Roberto a mais de dois anos de reclusão. A pena ainda inclui outros 11 meses de detenção mais pagamento de 50 dias-multa. Cabe recurso. À época em que a denúncia do Ministério Público (MP/RO) aportou ao Judiciário ele ainda era componente da edilidade local. A decisão imposta versa que o político regional responderá no regime aberto caso a sentença transite em julgado; logo, cabe recurso. Ele foi punido por ofender e ameaçar policiais militares durante abordagem, além de desacatá-los. Interrogado, Adeilton Carlos Roberto negou a prática delitiva. Alegou, resumidamente, que não se aproximou dos policiais e foi acusado de uma série de coisas, “não sabendo precisar o motivo de tais acusações”. A juíza entendeu da seguite maneira: “Pois bem. Da análise dos fatos, restou comprovada a prática delitiva do crime de desacato por parte do acusado. Segundo infere-se dos autos, Adeilton proferiu xingamentos contra os policiais, chamando-os de “bando de vagabundos, bandidos e propineiros”, o fazendo somente em razão do exercício da função pública a eles legalmente cominada”, indicou. Ela acrescenta relembrando que os servidores da Segurança Pública estavam em patrulhamento “com o objetivo de evitar irregularidades no trânsito, bem como assegurar a votação, razão pela qual resta configurada a figura delitiva”. Adeilton era vereador à época, mas perdeu as eleições em 2020 / Reprodução Um dos policiais ouvidos em Juíuzo informou que, quando o acusado estava adentrando à viatura da PM/RO, este olhou ao agente público e disse em tom ameaçador: “Olha, camarada, isso não vai ficar assim”. Posteriormente, ainda dentro da viatura, Adeilton Roberto teria dito aos policiais militares que eles estavam “cometendo um grande erro na carreira deles”. Segundo o testemunho, ao lavrarem a ocorrência, “a esposa do depoente ligou para ele e disse que havia sido ameaçada por telefone, sendo que se o policial causasse problemas ao réu, ela teria problemas no exercício de seu cargo público – que ainda estava em estágio probatório”. “Carteirada” Os policiais ouvidos nos autos também deixaram claro que o acusado exigia ser tratado de maneira diferenciada por ser vereador à época dos fatos. A prática é conhecida informalmente como “carteirada”, mas, no mundo jurídico, está sacramentada no tipo penal insculpido no artigo 316 do Código Penal: a concussão. “Na ocasião dos fatos, Adeilton exigiu tratamento diferenciado no ato de sua prisão, consistente em que outra pessoa o levasse para a delegacia, pois os agentes de segurança não deveriam nem estar lhe dirigindo a palavra, diante do cargo de autoridade municipal que ocupava – o de vereador”, concluiu Larissa Pinho de Alencar Lima, a magistrada prolatora. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Vereador que queria “tratamento diferenciado” ao ser abordado e ameaçou PMs em Rondônia é condenado à cadeia Anderson e Edevaldo Neves realizam entrega de câmeras de segurança, centrais de ar, computadores e notebooks Filhos de Bolsonaro apoiam Marcos Rogério em vídeo; o pai deles fala de Rocha nas redes sociais; e Kassab em Rondônia Asfaltamento de Porto Velho será adiantado em um ano após investimento do Governo do Estado PSD realiza pré-convenção em Cacoal, anúncio da pré-candidatura de Júnior ao Senado não aconteceu, a importância de conscientizar o eleitor sobre o voto nulo Twitter Facebook instagram pinterest