TENSÃO Israel pede que ocidentais abandonem negociação nuclear com Irã Publicada em 24/08/2022 às 15:04 As potências ocidentais devem "deixar" de negociar para renovar o acordo sobre o programa nuclear iraniano, porque permitirá que o Irã ganhe "bilhões de dólares e desestabilizará" o Oriente Médio, defendeu o primeiro-ministro israelense Yair Lapid nesta quarta-feira (24). Inimigo número 1 do Irã, Israel aplaudiu a decisão tomada em 2018 pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de retirar seu país do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano. O texto foi assinado em 2015 com o Irã pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), além da Alemanha, e buscava garantir a natureza pacífica do programa nuclear de Teerã em troca do levantamento das sanções impostas contra a República Islâmica. Nos últimos dias, o primeiro-ministro israelense pediu ao presidente francês e ao chefe de governo alemão que não assinasse um acordo com o Irã. "Eu disse a eles que essas negociações chegaram a um ponto em que deveriam ser interrompidas", declarou nesta quarta-feira, assegurando que Israel "não é contra um acordo por definição, mas contra esse acordo". "O que está atualmente na mesa é um mau negócio. Isso dará ao Irã US$ 100 bilhões por ano", disse Lapid, sem explicar em que se baseava esse número. "Esse dinheiro não será usado para construir escolas ou hospitais, mas será usado para desestabilizar o Oriente Médio... fortalecendo o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica", acrescentou. Washington indicou recentemente que Teerã se dispôs a fazer concessões durante as negociações para restaurar o pacto. Segundo um funcionário de alto escalão do governo dos Estados Unidos, o Irã não é mais contra certas inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), apesar de já ter exigido que a agência da ONU pare de inspecionar locais não declarados onde foram encontrados restos de urânio enriquecidos. Além disso, Teerã também abandonou outra exigência: que a Guarda Revolucionária, seu exército ideológico, não seja mais chamado de "terrorista". Fonte: AFP Leia Também Israel pede que ocidentais abandonem negociação nuclear com Irã Energisa alcança marca de 400 mil horas de treinamento para colaboradores Seis meses de guerra na Ucrânia representam 'marco triste e trágico', diz Guterres Número de pessoas com insegurança alimentar aguda no mundo chega a 345 milhões Ministra do TSE manda retirar vídeo da CUT desfavorável a Bolsonaro Twitter Facebook instagram pinterest