CÚPULA Reunidos em Praga, líderes europeus discutem saída para preços da energia em contexto de guerra Publicada em 07/10/2022 às 15:45 Reunidos em uma cúpula em Praga, nesta sexta-feira (7), os líderes da União Europeia traçaram as principais linhas de uma resposta comum à disparada dos preços da energia causada pela guerra na Ucrânia. "A Rússia disparou um ‘míssil energético’ contra o continente europeu", comparou Charles Michel, presidente do Conselho que representa os 27 países-membros da UE. Ele considerou que os debates no castelo da capital checa são "um passo crucial" antes da próxima cúpula de chefes de Estado e de Governo em Bruxelas, nos dias 20 e 21 de outubro, que segundo ele "será uma oportunidade para avançar". Os 27 países membros "compartilham uma ambição comum de baixar os preços dos recursos energéticos", insistiu Michel. Mas estão divididos quanto às formas de fazer isso, enquanto há uma necessidade urgente de aliviar o fardo para os cidadãos e as empresas europeias. O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, que ocupa a presidência rotativa do Conselho da UE, prometeu "convocar quantas reuniões de ministros de energia forem necessárias para encontrar uma solução". Em encontros que acontecem desde ontem na República Tcheca, representantes de um total de 44 países europeus enviam um sinal claro em favor do isolamento da Rússia e discutem uma nova ordem continental, sem Moscou. Menos dependência A economia da Europa depende de suas importações de hidrocarbonetos e sofre como nenhuma outra com os cortes de abastecimento da Rússia. O bloco tenta encontrar uma resposta comum, apesar de interesses divergentes entre os países. Há aqueles que contam com a energia nuclear, como a França, os que dependem do carvão, como a Alemanha ou ainda os que estão historicamente ligados aos hidrocarbonetos russos, na Europa central. Porém, conforme destacou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a UE já está "muito melhor preparada para enfrentar o inverno". Os europeus tomaram medidas para limitar o seu consumo de energia e diversificar os suprimentos. A parcela de gás importado da Rússia caiu de 41%, antes do início da guerra na Ucrânia, em fevereiro, para 7,5% atualmente, disse von der Leyen. Ela prometeu "propostas mais detalhadas nas próximas semanas". Há “amplo apoio” para estabelecer compras coletivas de gás até a próxima primavera, a fim de fortalecer o poder de barganha dos europeus, acrescentou Ursula von der Leyen. A chefe do Executivo da UE citou possíveis vias para reduzir as contas de gás: negociar com fornecedores amigáveis à UE, discutir maneiras de limitar os preços do gás para eliminar picos e, em particular, à especulação e dissociar os preços da eletricidade e do gás. França cria fundo para compra de armas No mesmo dia em que os líderes europeus reafirmaram o seu apoio à Ucrânia, em Praga, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a criação de um "fundo especial" para que o Exército ucraniano possa "comprar diretamente" de indústrias francesas "os materiais de que mais precisa para apoiar seu esforço de guerra". "Iremos dotar este fundo especial com € 100 milhões para começar", o que permitirá "poder trabalhar com a base industrial de defesa francesa", afirmou o chefe de Estado. Esses fundos vão financiar a compra de "armas defensivas" como as já entregues pela França desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro, especificou Macron. Até agora, a França forneceu para a Ucrânia 18 canhões Caesar de 155 mm com alcance de 40 km, montados em caminhões; mísseis antitanque e antiaéreos; veículos blindados avançados (VAB); combustível, equipamentos individuais e cerca de quinze canhões rebocados TRF1 de 155 mm. Fonte: RFI Leia Também Reunidos em Praga, líderes europeus discutem saída para preços da energia em contexto de guerra Chamada aberta para apresentações no VIII Festival UNIR Arte e Cultura Irã diz que Mahsa Amini morreu por doença, não agressões da polícia Anvisa autoriza nova fase de estudos de vacina contra covid-19 Greve de trabalhadores em refinarias deixa 15% de postos de gasolina da França sem combustível Twitter Facebook instagram pinterest