GUERRA NA UCRÂNIA Rússia lança nova série de ataques à Ucrânia e gera blecaute em Kiev Publicada em 17/11/2022 às 15:30 A Rússia lançou uma nova onda de ataques a várias cidades ucranianas nesta quinta-feira (17), incluindo a capital Kiev, que sofre interrupções de energia causadas pela ofensiva de Moscou. A Ucrânia já foi atingida na terça-feira por uma série de ataques após a retirada das forças russas em 11 de novembro no norte da região de Kherson, no sul, que a Rússia afirma ter anexado. Os ataques deixaram cerca de 10 milhões de ucranianos sem eletricidade por várias horas, de acordo com as autoridades de Kiev. A ofensiva coincide com a queda das temperaturas na Ucrânia, que enfrenta também cortes generalizados de energia como resultado de ataques russos direcionados especificamente às infraestruturas energéticas, de acordo com Kiev. A operadora nacional de eletricidade, Ukrenergo, anunciou a extensão dos cortes de energia até quinta-feira devido ao "agravamento da situação". A empresa disse no Facebook que "uma onda de frio" causou aumento da demanda em regiões onde a energia havia sido restaurada recentemente. Nesta quinta-feira, Kiev foi atingida pela sua primeira nevasca da temporada e muitos distritos ficaram sem eletricidade. Uma fina camada de neve cobria os carros estacionados nas ruas. Com a chegada do inverno, o fornecimento adequado de energia é vital para os ucranianos. O governador regional, Oleksii Kuleba, alertou na quarta-feira que a próxima semana será "difícil", com temperaturas que podem cair "até -10°C". Outros ataques Na cidade de Dnipro, no centro-leste, os ataques russos deixaram pelo menos 14 feridos, incluindo uma adolescente de 15 anos, informou o governador regional, Valentin Reznichenko, no Telegram. "Todos estão hospitalizados na cidade", acrescentou. O ataque também afetou duas infraestruturas, segundo a Presidência ucraniana. Na região de Kiev, a defesa ucraniana derrubou dois mísseis de cruzeiro, além de drones russos kamikaze Shahed, de fabricação iraniana, informou a administração militar da cidade. Um jornalista viu um dos mísseis sobrevoar uma área residencial no leste da capital. Na região de Odessa (sul), os russos atacaram uma infraestrutura e três pessoas ficaram feridas, segundo a administração regional. A Rússia afirmou que o sofrimento dos civis na Ucrânia é "a consequência" da recusa de Kiev em negociar. "É uma consequência da falta de vontade do lado ucraniano em resolver o problema, em iniciar negociações, sua recusa em buscar um terreno comum", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Não sei o que aconteceu" Dois dias após a queda de um míssil na Polônia, perto da fronteira ucraniana, a polêmica continua. Segundo a Polônia e a Otan, a explosão, que gerou temores de uma escalada no conflito, foi possivelmente causada por um míssil de defesa aérea ucraniano lançado para interceptar projéteis russos disparados contra infraestruturas civis. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou hoje "não saber o que aconteceu", depois de ter reiterado na véspera que o projétil era "russo". "Não sabemos ao certo. O mundo não sabe. Mas tenho certeza de que foi um míssil russo, tenho certeza de que disparamos de sistemas de defesa aérea", disse ele a um fórum econômico, citado em comunicado da Presidência ucraniana. Pouco antes, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, havia declarado no Twitter que a Rússia era "totalmente responsável". "Independentemente da conclusão desta investigação, já sabemos quem é o responsável final: a Rússia", concordou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, antes do início da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Bangcoc. Fonte: RFI Leia Também Rússia lança nova série de ataques à Ucrânia e gera blecaute em Kiev Porto Velho discute prevenção e consequências do parto prematuro durante a campanha “Novembro Roxo” “Gostaria muito de ter uma COP na Amazônia”, diz Macron após Lula propor acolher o evento em 2025 Marinha italiana manda navio ao Catar para Copa do Mundo Avião da Malaysia Airlines foi derrubado por míssil russo em 2014, afirma tribunal holandês Twitter Facebook instagram pinterest