INSATISFAÇÃO Atitude branda de Macron em relação à Rússia causa incômodo com países do leste europeu Publicada em 07/12/2022 às 14:54 O jornal Le Figaro desta terça-feira (7) trata do incômodo que a atitude do presidente francês, Emmanuel Macron, vem causando nos países do leste europeu. "As gafes que isolam a França" é o título da matéria que destaca a tentativa do chefe de Estado de estender a mão à Rússia. Segundo o diário, uma frase pronunciada por Macron, durante uma entrevista ao canal francês TF1 na semana passada, fez líderes do leste europeu rangerem os dentes. "O que estamos dispostos a fazer oferecendo garantias de segurança à Rússia no dia em que ela voltar à mesa das negociações?" - declarou o presidente. A atitude suscitou incredulidade por parte do ex-presidente estoniano, Toomas Hendrik, que tuitou: "FFS", uma abreviação da expressão em inglês "for fuck's sake" (pelo amor de Deus). Para Mykhailo Podoliak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a frase proferida por Macron é "ingênua" e "perigosa". Segundo ele, "o mundo precisa de garantias para a segurança contra as intenções bárbaras da Rússia". Aliada histórica da França, a Alemanha também deu sinais de insatisfação com a declaração de Macron. Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão, ao fazer a polêmica afirmação, o presidente francês "assume a narrativa do Kremlin". Le Figaro lembra que o posicionamento da França não é novo. Em junho, Macron já havia declarado que era preciso agir com cautela para "não humilhar a Rússia". Antes do início da guerra na Ucrânia, o chefe de Estado também defendia "um diálogo estratégico e histórico" com o presidente russo, Vladimir Putin. O jornal Le Parisien trata do que parece ser uma nova estratégia ucraniana: o uso de drones para bombardear bases militares russas. Nesta semana, foram dois ataques, o último deles ocorreu na terça-feira (5) contra um aeródromo na região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia. Na segunda-feira (4), duas bases militares russas a 500 quilômetros do território ucraniano, foram visadas. "Kiev poderá um dia atacar Moscou?", pergunta o diário. Entrevistado pelo jornal, Thibault Fouillet, da Fundação pela Pesquisa Estratégica da França, aponta a novidade do aspecto técnico desses bombardeios com drones. O especialista afirma que jamais a Ucrânia havia alcançado uma distância tão grande e que até agora "ignorava-se que Kiev estava dotada deste tipo de arma". Impossibilidade de fugir O jornal La Croix trata da decisão de moradores de cidades retomadas do leste ucraniano de permanecer no local, mesmo diante da precariedade das estruturas devastadas pelo exército russo. O enviado especial do diário a Lyman e a Izium conversou com cidadãos que vivem nos escombros de prédios ou em porões de casa, sem aquecimento e energia elétrica, apesar do gélido inverno ucraniano. Em entrevista ao diário, eles dizem que muitos ucranianos têm medo de deixar o local onde nasceram e viveram sempre. Outros afirmam que não sabem para onde ir e como se instalariam com suas famílias em outras cidades. Boa parte dos moradores alega não ter dinheiro para bancar uma vida em outro lugar. Fonte: RFI Leia Também Atitude branda de Macron em relação à Rússia causa incômodo com leste europeu Pedro Castillo, Presidente do Peru, dissolve o Congresso do país Porto Velho sedia o 1º Encontro da Busca Ativa Vacinal e Plano Municipal pela Primeira Infância do Unicef MPF denuncia Roberto Jefferson por tentativa de homicídio contra policiais federais Ministério anuncia incorporação do Zolgensma ao Sistema Único de Saúde Twitter Facebook instagram pinterest