OPINIÃO Professor Nazareno, o colunista mais polêmico da Região Norte, escreve: 'Muito cedo para comemorar' Publicada em 06/12/2022 às 08:50 Existe um ditado popular em alguns países da África que diz para não se xingar a mãe do crocodilo antes de se atravessar o rio. Com a seleção do Brasil nesta 22ª Copa do Mundo de futebol no Catar parece estar acontecendo a mesmo coisa. Estamos de um lado de um rio infestado de crocodilos e precisamos chegar à outra margem e não estamos levando em conta o perigo que corremos. Nas oitavas de final do torneio, o Brasil “arrasou” o fraquíssimo time da Coreia do Sul por 4 X 1 e incendiou de euforia e esperança os fanáticos torcedores brasileiros. “Esse é um dos melhores times desta Copa, se não for o melhor”, gritam uns. “O hexa agora é apenas uma questão de tempo”, gritam outros. O que quase ninguém vê é que até agora a nossa seleção só enfrentou “galinhas mortas”. O que representa no futebol times como Coreia do Sul, Suíça e mesmo Sérvia? Pior ainda é o time de Camarões, mas que derrotou o escrete canarinho por 1 X 0 jogando pela última rodada da fase de grupos. Por muito pouco não ficamos em segundo lugar no grupo. Aí a coisa se complicaria com os próximos adversários. E não adianta dizer que o Brasil perdeu por que jogou com o time reserva. Isso não existe para a História. Na Copa do Mundo do Catar o Brasil perdeu para Camarões e ponto final. Passadas as oitavas, enfrentaremos a Croácia, uma antiga freguesa do Brasil em copas do mundo. Apesar de ter sido a vice-campeã na Copa da Rússia, o time de Luka Modric e companhia não oferece mais nenhuma resistência. Os croatas passaram de fase ao ganhar do também fraco Japão somente nos pênaltis após um ridículo empate de 1 X 1. Como se vê, só a partir da semifinal é que o Brasil será de fato testado por quem sabe jogar futebol. Se passarmos pela Croácia, deveremos enfrentar o vencedor de Holanda e Argentina, dois times muito fortes para testar a nossa frágil capacidade de vencer obstáculos de verdade. E se continuarmos com essa sorte e vencermos, teremos então na final outro time de futebol verdadeiro: França de Mbappé, Inglaterra de Kane, Espanha ou até mesmo Portugal de Cristiano Ronaldo. Isso, claro, se não tiver nenhuma zebra pelo meio do caminho desses fortes adversários. Ou seja, dá-se a entender que a FIFA “organizou” tudo direitinho para que o Brasil avançasse sem problemas até o final do torneio. Mesmo com esta possível ajuda, o time de Neymar e companhia pouco tem brilhado até agora nesta copa. Foram 4 jogos com uma derrota e três vitórias, sendo uma por apenas um gol. O time de Adenor Bachi não convenceu muita gente com este futebol. Muitos do jogadores da seleção nacional não têm dado bons exemplos. Alguns deles, na companhia de Ronaldo, o Fenômeno, não se acanharam e foram a uma churrascaria em Doha para saborear “bifes de ouro, que custou nove mil reais. Alegres e felizes, filmaram tudo e publicaram nas redes sociais, que foram vistas também por grande parte dos mais de 33 milhões de famintos que o Brasil tem hoje. O dinheiro é deles, foi ganho honestamente e eles fazem o que quiser, gastam com o que quiser e onde quiser, mas definitivamente a ostentação, a prepotência e o deboche de alguns desses atletas não combinam com a triste e dura realidade da maioria dos brasileiros, que acompanham e dão ibope a seus ídolos. Até agora, o Brasil e a sua seleção não ganharam nada nesta Copa. Deviam treinar mais, vencer todos os adversários que têm pela frente, serem mais humildes, ostentar menos e nos trazer o hexa. Ainda é cedo para tanta euforia. *Foi Professor em Porto Velho. Fonte: Professor Nazareno Leia Também Poupança tem retirada líquida de R$ 7,42 bilhões em novembro Havaí mobiliza Guarda Nacional por erupção do Mauna Loa Coreia do Norte dispara mais projéteis em resposta a exercícios sul-coreanos Procon e Tribunal de Justiça de Rondônia realizam parceria para acelerar audiências do direito do consumidor Censo 2022 entrevistou quase 80% da população estimada do Brasil Twitter Facebook instagram pinterest